Pesquisar
Pesquisar
Foto: khamenei.ir / Wikimedia Commons

“Netanyahu vai levar Israel ao abismo”: o último discurso de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah

Em pronunciamento divulgado em 19 de setembro, Nasrallah denuncia a gravidade dos ataques de Israel ao Líbano e adverte: “o ajuste de contas virá”
Redação Diálogos do Sul Global
Diálogos do Sul Global

Tradução:

Ana Corbisier

Na última sexta-feira (27), um ataque das Forças Armadas de Israel em Beiture, capital do Líbano, matou Sayyed Hassan Nasrallah, então líder do grupo armado libanês Hezbollah.

Apenas nesse bombardeio – Israel segue atacando a capital libanesa e massacrando civis – pelo menos seis pessoas morreram e mais de 90 ficaram feridas.

A morte de Nasrallah, figura central na resistência libanesa, intensificou o conflito entre Israel e o Líbano e pode desencadear uma nova fase no conflito, com o Irã, aliado do Hezbollah, indicando que pode se envolver diretamente.

Estamos no Telegram! Inscreva-se em nosso canal.

Nasrallah: Ofensiva de Israel “nos fortalecerá”

Em 19 de setembro, cerca de uma semana antes do ataque sionista que matou Nasrallah, o líder fez um discurso em que agradecia ao povo libanês e ao mundo pelas expressões de solidariedade frente a operação de Israel que detonou pagers no Líbano. Destacando a gravidade da ação, afirmou:

“O inimigo ultrapassou todos os limites, regras e linhas vermelhas, sem se importar com nada, nem ética, nem legalmente.”

A intenção de Netanyahu, prosseguiu Nasrallah, era matar 5 mil em um único minuto, sem se importar com quem seria ferido, o que pode ser resumido como “um ato criminoso, uma operação terrorista em grande escala, um genocídio, um massacre”.

A liderança destaca que o ataque não afetaria a estrutura, a vontade, a determinação, a capacidade e o sistema de controle do Hezbollah: “Pelo contrário, isso nos fortalecerá, nos dará mais solidez e presença. Tenha certeza disso”.

Que tal acompanhar nossos conteúdos direto no WhatsApp? Participe da nossa lista de transmissão.

Nasrallah denunciou ainda as ações colonialistas de Netanyahu em direção à fronteira do Líbano e o genocídio palestino, reafirmando a urgência de “parar a agressão e a guerra contra o povo de Gaza” e advertindo que “o ajuste de contas virá”.

Ao fim do pronunciamento, o então dirigente alertou que Netanyahu e demais chefes do Estado sionista “estão levando sua entidade para o abismo, para a ruína, segundo seus próprios termos”, qualificando-os como uma direção “torpe, imprudente, egoísta, narcisista e descontrolada” que “levará sua entidade a uma fossa profunda”.

A seguir, confira o discurso de Hassan Nasrallah na íntegra:

Agradecemos a todos os que doaram sangue nas distintas zonas do Líbano, ao ponto de dizer-se que o que aconteceu terça-feira foi a maior campanha de doação de sangue na história do Líbano.  

Agradecemos a todos os que se ofereceram para transferir feridos, porque como viram, os feridos foram transportados em ombros, em autos ou em motocicletas. Também agradecemos a todos os que manifestaram sua disposição para doar órgãos de seus corpos.

Obrigado a todos os médicos que abriram as portas de seus consultórios de maneira gratuita, dia e noite. Agradecemos a toda nossa gente nobre no Líbano, a nosso querido povo libanês em todas as regiões, que se solidarizou, mostrou compaixão e expressou sentimentos sinceros, sem importar considerações sectárias, políticas, conflitos ou disputas existentes.  

Agradecemos a todos os líderes solidários, desde os presidentes até as referências religiosas e políticas, aos ministros, deputados, partidos, correntes políticas, elites e às instituições midiáticas, sociais, culturais, sindicais, entre outras.

Das bençãos deste sangue puro e desta opressão que experimentamos durante estes dias, é que presenciamos novamente no Líbano uma epopeia humana e ética de grande magnitude, tanto em nível nacional como humanitário, que não tínhamos visto em muito tempo. Isto é parte das graças de Deus Todo poderoso e das bendições deste sangue e destes sacrifícios. 

Também devemos agradecer aos países que se apressaram em oferecer seu apoio e enviaram equipes médicas, materiais e remédios. Agradecemos o governo do Iraque e a República Islâmica do Irã, que também enviou um avião para transferir dezenas de feridos, que foram evacuados ontem; e chegarão outros aviões.

Também agradecemos ao governo da Síria, que nos abriu as portas de seus hospitais e permitiu a transferência de vários feridos para os hospitais de Damasco.

Agradecemos a todos os países que entraram em contato com o governo libanês e expressaram sua disposição de oferecer apoio.

E agradecemos todos aqueles que condenaram este horrendo crime israelense, desde os países do mundo, os partidos, movimentos, instituições e elites, em especial as forças do Eixo de Resistência na Palestina, Iêmen, Iraque, Síria, entre outros.

O que aconteceu terça-feira, vocês já sabem, e descreverei brevemente como introdução, porque o assunto é bem conhecido por vocês. O inimigo detonou milhares de celulares e os fez explorar simultaneamente. Nesta operação, o inimigo ultrapassou todos os limites, regras e linhas vermelhas, sem preocupar-se em absoluto com nada, nem ética nem legalmente. 

As explosões ocorreram em alguns hospitais, já que alguns dos portadores dos dispositivos trabalhavam em hospitais, farmácias, mercados, lojas, residências e inclusive em automóveis nas vias públicas, onde havia muitos civis, mulheres e crianças.

Seu objetivo era atacar os membros e combatentes do Hezbollah, mas acabaram afetando a todo o entorno em que se encontravam, utilizando um dispositivo civil que é utilizado por uma ampla gama de pessoas na sociedade, não só por nós.

Os portadores destes dispositivos estavam em hospitais, farmácias, nas ruas ou em suas casas.

Depois, quarta-feira, repetiram o ataque detonando também outros dispositivos de comunicação sem fio, sem importar-se onde se encontravam seus portadores, sem distinguir se aqueles que os levavam estão em um hospital, em uma casa ou em uma farmácia, já fosse que os tivessem consigo ou que os tivessem deixado em uma mesa. 

Como resultado desta agressão, houve dezenas de mártires, entre eles crianças, mulheres e civis, e milhares ficaram feridos com feridas de diversa gravidade. As cifras reais serão reveladas com o tempo, já que há muitos irmãos e muitas pessoas que entraram no hospital e logo receberam alta, isto é, há pessoas que ainda não foram contadas, e há quem foi contabilizado duas ou três vezes. De todo modo, com o tempo se conhecerá a cifra exata; mas o número é muito grande. 

O inimigo supõe —falaremos das intenções do inimigo— que o que aconteceu foi algo distinto. Ao atacar este conjunto de dispositivos, que discutiremos em detalhe, o inimigo calcula ou sabe que seu número supera os 4.000 dispositivos, e supõe que estes 4.000 dispositivos estavam distribuídos entre os irmãos e irmãs do Hezbollah, em diferentes unidades e instituições.

Ao detonar estes dispositivos, sua intenção deliberada era, segundo seus próprios cálculos, matar 4.000 personas em um único minuto.

Se quiséssemos resumir a situação e reduzir as cifras, diríamos que ao longo de dois dias, em um minuto terça-feira e em um minuto na quarta-feira, o inimigo israelense pretendia matar não menos de cinco mil pessoas em dois minutos, sem nenhuma consideração por nenhuma norma humanitária.

Não se preocupava onde mataria nem como o faria, e também levou em conta que, mesmo se alguns ficassem feridos, aproveitaria o estado de confusão que prevaleceria e a capacidade dos hospitais para atender estes feridos, supondo que muitos deles morreriam.

Podemos chamar este ato criminoso de uma operação terrorista de grande magnitude, um genocídio, um massacre. Adotaremos o termo “Massacre da terça-feira” e “Massacre da quarta-feira” para os massacres da terça e da quarta-feira, para somá-los aos grandes massacres do inimigo no contexto geral do conflito existente com este inimigo desde a criação, desde o aparecimento desta célula cancerígena em nossa região, este mal absoluto em nossa região.

Um genocídio, uma agressão massiva contra o Líbano, seu povo, sua resistência, sua soberania e sua segurança. Crimes de guerra, ou uma declaração de guerra, podem chamá-lo como quiserem, e têm todo o direito de chamá-lo como preferirem por sua magnitude genocida.

Por exemplo, quando um ex subchefe do Estado Maior diz que o que ocorreu no norte durante os últimos meses é a primeira derrota histórica de “Israel” no norte, outros afirmam que, sem dúvida, o Hezbollah logrou avanços estratégicos nessa zona.

Os que falam de conquistas estratégicas, estão falando de uma derrota histórica. Dizem que temem pelo norte, que estão falando de uma faixa de segurança dentro da entidade, dentro da Palestina ocupada, na fronteira norte, pela primeira vez em 70 anos.

Estão mencionando o nível de deslocamento forçado, as perdas econômicas na indústria, na agricultura e no turismo dos colonos e de “Israel” no norte. Estão falando de uma batalha de auxílio, de um desgaste do “exército”, o “exército” inimigo, na frente norte.

Por isso, todas as forças que transferiram para o norte em 8 de outubro, apesar da pressão que tinham em Gaza, não foram enviadas a Gaza. Inclusive na Cisjordânia, levaram tropas de Gaza, mas não tiraram nenhuma do norte, porque enfrentam uma verdadeira ameaça no norte. Têm uma frente real no norte e um problema com as forças.

Há dois dias, um dos meios de comunicação israelenses informou que, devido à escassez de tropas, estão treinando um grande número de marinheiros em táticas de infantaria para preparar as forças de que necessitam nesta frente.

Suas expressões indicam: “Perdemos o norte”.

Os gritos da população do norte durante 11 meses geraram uma enorme pressão que agora levou Netanyahu e todos os demais a dizerem: “Avante, enfoquemos no norte e resolvamos o problema do norte”.

Um dos principais elementos de pressão sobre a entidade inimiga nesta batalha, uma das principais frentes de desgaste junto a outras, é a grande e decidida frente iemenita, tanto no mar Vermelho, como no mar Arábico ou no oceano Índico, o apoio popular semanal, os mísseis, sendo o último deles o míssil “Palestina”, e também a frente iraquiana.

Não há dúvida de que esta frente libanesa é uma frente de grande pressão, e é ainda uma das cartas chave de negociação da resistência palestina hoje para alcançar os objetivos e deter a agressão.

Terça-feira à tarde, horas depois da agressão, chegaram mensagens por canais oficiais e não oficiais que diziam claramente: “Nosso objetivo com este ataque é que deixem de apoiar Gaza e que interrompam os combates na frente libanesa. Se não se detêm, temos mais”. E quarta-feira chegou este “mais” que nos prometeram na terça.

De modo que o objetivo está claro, o objetivo é evidente. Alguém poderia pensar mais além e dizer que este ataque foi um golpe preparatório que seria seguido, horas depois, por uma ampla operação militar.

Isso é questionável, mas pelo menos o que se pode confirmar, e isto foi o que nos comunicaram, e também o que foi informado às autoridades oficiais no Líbano, é que o objetivo deste ataque era esse, e, de alguma maneira, houve uma reivindicação israelense do que ocorreu com o objetivo de dobrar a Resistência, fazer com que se renda, que detenha suas ações, que se retire desta batalha.

E, claro, há alguns países ocidentais que estão dispostos a oferecer-nos uma saída, uma espécie de acerto no Conselho de Segurança, dizendo que se aplique a Resolução 1701, e assim pararíamos o conflito, deixando Gaza, seu povo, sua resistência, a Cisjordânia, a Palestina e toda a luta a seu destino.

Assim, tudo o que sacrificamos, todos os mártires, os esforços e os enfrentamentos duros e sangrentos deste ano teriam sido em vão; e não podemos permitir-nos fazer isso.

Então, o objetivo deste ataque, no contexto em que se deu, tanto terça como quarta-feira, era separar as duas frentes e deter a frente libanesa.

A resposta vem dos mártires, em nome das famílias dos mártires, dos feridos nos hospitais, daqueles que perderam seus olhos e suas mãos, de todas as pessoas que resistiram com paciência, lealdade e firmeza, aqueles que assumiram a responsabilidade de cumprir este dever ético, humano e religioso de apoiar Gaza, que está sendo submetida a um genocídio, assassinatos em massa, fome, sede, doença e assédio.

Dizemos a Netanyahu e a Gallant, que iam destituir, mas que parece que vai ficar, dizemos ao governo inimigo, ao exército inimigo, à sociedade inimiga: a frente libanesa não se deterá antes de cessar a agressão contra Gaza.

Apesar de todos estes mártires, de todas estas feridas e de toda esta dor, disse e digo claramente: sejam quais forem os sacrifícios, sejam quais forem as consequências, sejam quais forem as possibilidades, seja qual for o horizonte para o qual se dirijam, a resistência no Líbano não deixará de apoiar e respaldar o povo de Gaza, o povo da Cisjordânia e os oprimidos nesta terra sagrada.

E esta é a primeira resposta. Esta é a primeira resposta: neutralizar os objetivos. O inimigo assassinou, feriu e exerceu sua brutalidade, mas, acaso logrou seu objetivo? Não logrou nenhum objetivo.

Hoje também quero assegurar-lhes que esta estrutura não se viu afetada nem abalada. Não balançou nem vacilou. De fato, lhes direi mais, graças a Deus Todo poderoso, ao esforço acumulado, à benção dos mártires e aos sacrifícios dos combatentes, feridos, líderes e quadros em todos os níveis desde 1982 até hoje, esta estrutura é de tal fortaleza, solidez, capacidade, equipamento e coesão que uma grande atrocidade deste tipo não pode desestabilizá-la.

Podem estar tranquilos. A todos os amigos e simpatizantes preocupados no mundo, o que é compreensível dado que o sucedido é enorme e significativo, quero assegurar-lhes de um lugar de conhecimento e de responsabilidade, e não de arrogância em absoluto.

Nossa estrutura, graças a Deus, é grande, forte, sólida e coesa; nossas capacidades são vastas e nossas preparações são altas. O inimigo deve saber que o sucedido não afetará nossa estrutura, nossa vontade, nossa determinação, nossa coesão, nossa capacidade, nosso sistema de comando e controle, nem nossa preparação e presença nas frentes.

O objetivo era separar as frentes, e isso não acontecerá. Se o objetivo era desestabilizar o entorno, não poderão lográ-lo. Até agora alguns israelenses reconheceram que, ainda que tenham um alto nível de inteligência tecnológica, o que fizeram revelou ao mundo que são extremamente torpes; não são capazes de alcançar seus objetivos.

Até o momento, o inimigo não compreende a profundidade moral, cultural e espiritual deste entorno, desta Resistência e desta gente, assim como o nível nacional e a estrutura da Resistência.

O último segmento é uma continuação. Nas últimas semanas, começou-se a falar do norte, da transferência de peso para o norte, da frente norte, da guerra no norte e da pressão.

Claro, os discursos variam: alguns falam de um aumento na intensidade militar, outros de uma guerra quase completa, alguns de dias de combate, e outros exageram e falam de uma guerra total.

Não quero entrar em uma análise detalhada deste tema, já que o tempo dirá, e na realidade não é necessário. Os dias revelarão estas verdades.

Mas tudo o que se está dizendo sobre o norte tem um objetivo. Quanto a nós, o mais importante é o objetivo: neutralizar e derrotar o inimigo impedindo que logre seu objetivo. Esta é a essência da batalha da resistência e da resistência popular ao longo da história.

Então, qual é o objetivo que o governo inimigo declarou e com base no qual autorizou Netanyahu para a frente norte? O objetivo é devolver os colonos ao norte de maneira segura. Este é o objetivo.

Além disso, acrescentaram um quarto objetivo aos três que já tinham declarado e que estavam relacionados com Gaza: o de devolver aos colonos ocupantes da Palestina o norte da Palestina ocupada, a zona fronteiriça com o sul do Líbano.

Podes lograr este objetivo? Tu, Netanyahu, isto é, ontem ele estava um pouco exaltado. Bem, tu e todo o teu exército, teu governo e tua entidade, este é um desafio.

Nós o aceitamos desde 8 de outubro, e hoje também aceitamos este desafio. E digo a Netanyahu, a Gallant, ao “exército” inimigo e à entidade inimiga: não poderão devolver aos habitantes do norte o norte, nem aos colonos ocupantes as colônias no norte. Façam o que fizerem, não poderão.

O único caminho, como dissemos desde 8 de outubro e agora, a ponto de concluir o ano (da guerra), reiteramos, é deter a agressão e a guerra contra o povo de Gaza e a Faixa de Gaza, e por extensão, contra a Cisjordânia. Este é o único caminho. Não há outro.

Nem o aumento da escalada militar, nem os assassinatos, nem as execuções, nem uma guerra total poderão levar os colonos de volta à fronteira, jamais, se Deus quiser.

Pelo contrário, o que empreenderão só aumentará o deslocamento dos colonos no norte e afastará a possibilidade de um retorno seguro para eles.

Este torpe, o comandante da região norte, sugere criar uma faixa de segurança dentro do território libanês. Primeiro, desejamos que entrem em nosso solo libanês; desejamos isso.

Sabem por que? Porque na fronteira, em suas posições fortificadas, os tanques mal se movem. De modo que, uma oportunidade histórica que esperamos, porque sem dúvida terá grandes repercussões nesta batalha.

Acaso acreditas que se entras e estabeleces uma faixa de segurança, a resistência se concentrará unicamente nessa faixa e se dedicará exclusivamente a combater nela?

Não. Se entrarem na faixa de segurança, a resistência continuará atacando os sítios militares, as bases militares, os centros militares, assim como os assentamentos, em resposta aos ataques contra os civis no norte da Palestina ocupada. Esta faixa de segurança se expandirá e se tornará um lodaçal, uma armadilha, uma emboscada, um abismo e um inferno para teu exército.

Bem vindos se desejam vir a nosso solo. Encontrarão diante de vocês centenas daqueles que ficaram feridos na terça e na quarta-feira. Estes, hoje mais decididos do que nunca, estão comprometidos a seguir resistindo, combatendo e desgastando teu exército.

Não há dúvida de que a agressão que se levou a cabo é uma agressão significativa. Como mencionei no contexto de meu discurso, é sem precedentes. Será respondida com um severo ajuste de contas e com uma justa represália, tanto nos lugares onde se espera como nos inesperados.

No entanto, dado que esta nova batalha tem aspectos ocultos, permitam-me hoje mudar o enfoque. Não falarei sobre o tempo, a forma, o lugar nem o momento. Deixem o tema e a notícia para o que verão e ouvirão. Este ajuste de contas virá, e sua natureza, magnitude, forma ou lugar, definitivamente manteremos reservados, no círculo mais restrito possível, porque estamos na fase mais precisa, sensível, profunda e importante.

Estejam todos seguros de que o desenlace desta batalha será uma vitória histórica e divina. Netanyahu, Gallant, Ben-Gvir e Smotrich estão levando sua entidade para o abismo, para a ruína, segundo seus próprios termos. Esta direção torpe, imprudente, egoísta, narcisista e descontrolada levará sua entidade a uma fossa profunda.

* Discurso de Hassan Nasrallah tomado de Cuba en Resumen.

Israel e seu delírio bélico, racista e genocida chegam ao Líbano


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Redação Diálogos do Sul Global

LEIA tAMBÉM

O Genocídio Será Televisionado”
“O Genocídio Será Televisionado”: Diálogos do Sul Global lança e-book sobre guerra em Gaza
Tomada de Vuhledar pela Rússia “é uma séria derrota para a Ucrânia”
Tomada de Vuhledar é "grande triunfo para Rússia" e "séria derrota para Ucrânia"
As crises globais, a construção de um novo multilateralismo e o esgotamento da ONU
As crises globais, a construção de um novo multilateralismo e o papel da ONU
Repressão transnacional dos EUA contra o jornalismo não pode virar regra, aponta Assange
Repressão dos EUA contra jornalismo global não pode virar regra, aponta Assange