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Joe Biden, presidente dos EUA, e Ben Cardin, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado (Foto: Ben Cardin / X)

“Opinião” dos EUA sobre reforma constitucional no México é ingerência

Senadores dos EUA alegam "profunda preocupação" com propostas debatidas pelo governo de AMLO sobre a Constituição do México
Redação La Jornada
La Jornada
Cidade do México

Tradução:

Beatriz Cannabrava

A liderança bipartidária do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA manifestou na última terça-feira (27) sua “profunda preocupação” com as reformas constitucionais impulsionadas no México ao considerar que podem minar a independência judicial, além de que supostamente se correria o risco de violar os termos do Acordo Comercial entre Estados Unidos, México e Canadá.

“Um Poder Judiciário independente e transparente é um selo distintivo de qualquer país democrático. Nos preocupa profundamente que as reformas judiciais propostas no México minem a independência e a transparência do Poder Judiciário do país, colocando em perigo interesses econômicos e de segurança críticos que nossas duas nações compartilham”, destacou a liderança dos partidos Democrata e Republicano.

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A declaração foi assinada pelo democrata Ben Cardin, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, assim como por Jim Risch, o republicano de maior escalão desse comitê, junto com o democrata Tim Kaine, presidente do subcomitê sobre o Hemisfério Ocidental, e o ultradireitista Marco Rubio, o republicano de maior nível do subcomitê.

Acrescentaram: “Também nos alarma que várias outras reformas constitucionais que estão sendo discutidas atualmente possam contrariar os compromissos assumidos no Acordo Comercial entre Estados Unidos, México e Canadá, cuja revisão está programada para 2026”.

“Instamos encarecidamente a administração de (o presidente Andrés Manuel) López Obrador, assim como à administração entrante de (a presidente eleita, Claudia) Sheinbaum, a que apenas implementem reformas que melhorem as qualificações profissionais, combatam a corrupção, protejam a autonomia e fortaleçam a confiança dos investidores. Essas considerações são essenciais para preservar os valores democráticos e a prosperidade mútua que unem nossas nações”, concluíram em sua declaração.

La Jornada, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Redação La Jornada

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