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Venezuela: Áudios revelam trama de facção liderada por Guaidó para se apropriar de US$ 53 mi bloqueados no exterior

Dinheiro seria destinada a custear gastos do inexistente governo paralelo, defesa da democracia, relações exteriores e comunicações, entre outros
Wiliam Urquijo Pascual Caracas
Prensa Latina
Washington

Tradução:

O setor da oposição representado pelo ex-deputado Juan Guaidó insiste hoje em manobras para obter o controle dos bens bloqueados da Venezuela no exterior, denunciaram porta-vozes oficiais.
Segundo áudios divulgados ontem pelo presidente da Assembleia Nacional (Parlamento) Jorge Rodríguez, a facção política liderada por Guaidó pretende agora apropriar-se de mais de 53 milhões de dólares sequestrados da nação sul-americana nos Estados Unidos.

Rodríguez informou em entrevista coletiva sobre reunião entre dirigentes do chamado G4 – grupo de organizações da ala mais radical da oposição – para traçar um orçamento que deverá ser aprovado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro.

O encontro contou com a presença do ex-deputado da Vontade Popular Sergio Vergara, que junto com Guaidó assinou o contrato com a seguradora norte-americana Silvercorp para organizar a Operação Gideon (maio de 2020), que visa perpetrar um assassinato e um golpe na Venezuela.

Em 23 de janeiro de 2019, Juan Guaidó se autoproclamou presidente a cargo da Venezuela, ato apoiado pela administração norte-americana de Donald Trump que abriu as portas para bloquear bilhões de dólares em bens e ativos do Estado venezuelano.

Desde então, esse setor político conspirou para privar a Venezuela de importantes ativos no exterior, como a petroleira Citgo (Estados Unidos), a petroquímica Monómeros (Colômbia) e as reservas de ouro do Banco da Inglaterra.

A saída de 53 milhões de dólares seria destinada a custear gastos do inexistente governo paralelo, defesa da democracia, relações exteriores e comunicações, entre outros.

O presidente do Parlamento venezuelano denunciou que esses recursos terão como objetivo dar continuidade aos planos conspiratórios contra as autoridades legítimas do país, além de aumentar os bolsos de Guaidó e seus colaboradores.

Dinheiro seria destinada a custear gastos do inexistente governo paralelo, defesa da democracia, relações exteriores e comunicações, entre outros

Agência Brasil
Em 23 de janeiro de 2019, Juan Guaidó se autoproclamou presidente a cargo da Venezuela.

“Quanto desse dinheiro vai para o povo da Venezuela, nem um centavo; tudo é pela conspiração, pela guerra psicológica, pela instalação de falsos positivos, mas principalmente para roubá-los“, declarou o chefe do órgão legislativo.

Rodríguez afirmou que, com esses recursos, pelo menos cinco milhões de venezuelanos poderiam ser imunizados por meio do Fundo de Acesso Global para Vacinas contra a Covid-19.

Apesar do bloqueio econômico e da perseguição financeira implementada por Washington, o Governo da Venezuela conseguiu consignar um adiantamento de 64 milhõede dólares para participar deste mecanismo, por um total de 11.374.400 doses.

‘São tão bárbaros que viram que o presidente Nicolás Maduro depositou 50% do valor total na Covax e preferem cortar o orçamento para as chamadas despesas sociais’, questionou Rodríguez.

Da mesma forma, instou a OFAC a investigar este grupo criminoso antes de entregar os recursos sequestrados à VenezuelaGuaidó roubou milhões de dólares do povo, (…) engana não só a Venezuela, mas também os Estados Unidos‘, disse.

O deputado da oposição, Luis Eduardo Martínez, instou as forças políticas contrárias ao Governo Bolivariano a se manifestarem contra as novas denúncias de corrupção feitas pelo chefe do Parlamento.

‘A oposição democrática venezuelana deve se manifestar (…) e exigir uma investigação exaustiva dos fatos mencionados; chega de impunidade, chegou a hora de compor fileiras em favor da probidade e de acabar com tantos roubos‘, disse o parlamentar, de acordo com um comunicado de imprensa.

Por sua vez, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, qualificou de ‘arrepiantes’ as gravações divulgadas sobre a distribuição de milhões de dólares pertencentes à República.

“Repartindo entre si o dinheiro que a Venezuela precisa para vacinas, remédios e alimentos, e que eles tem sequestrado e roubado nas Reservas Federais dos Estados Unidos e de contas no exterior”, condenou o presidente.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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Wiliam Urquijo Pascual Caracas

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