77% dos italianos considera que o emprego e a situação da economia são os problemas mais importantes do país, segundo os resultados de uma enquete publicada na Itália.
De acordo com o estudo realizado pela firma Ipsos para o diário Corriere della Sera, a segunda prioridade para os entrevistados foi o funcionamento das instituições e a política, com 43%, seguido pela assistência e bem-estar social com 36 e a imigração com 23%.
Em seguida aparecem outras preocupações como a segurança, com 22%, o meio ambiente, com 14 e mobilidade e infraestrutura, com apenas 2%.
Ao expor as conclusões da pesquisa, o administrador delegado de Ipsos-Itália, Nando Pagnoncelli, apontou que 49% dos entrevistados estimou que o país marcha na direção equivocada, cifra 10% superior à registrada em dezembro de 2018, enquanto só 21% pensa o contrário.
Apenas 15% expressaram um critério favorável sobre a situação econômica, três pontos porcentuais menos que no ano anterior, enquanto 76% manifestaram opinião negativa e 53% não prevê qualquer sinal de recuperação.
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77% dos italianos considera que o emprego e a situação da economia são os problemas mais importantes do país.
Apesar dessa opiniões predominantemente negativas, Pagnoncelli precisou que o índice de satisfação na área de residência se mantém elevado com 66%, dois pontos menos que em 2018, com níveis próximos ou superiores ao 80% nas regiões Norte e Centro do país.
Ao comparar a situação atual com a dos últimos anos, 45% disseram que nada mudou, enquanto 36% está convencido que só piorou e apenas 14 observaram uma melhoria.
Na opinião do administrador delegado de Ipsos-Itália, a diferença de percepções sobre a situação nacional e local é algo tradicional, pois enquanto a primeira sofre influência da atualidade política e da relevância midiática dos temas, a segunda deriva principalmente da experiência pessoal.
Mais de um milhão e oitocentos mil lares italianos em pobreza absoluta
Um milhão e 822 mil famílias residentes na Itália, equivalentes a 7% do total, viviam em situação de pobreza absoluta em 2018, informou o Instituto Nacional de Estatísticas (Istat).
Segundo o Anuárioa Estatístico 2019, a cifra de pessoas em pobreza absoluta registrada no ano precedentes ascendeu a cinco milhões e 40 mil, 8,4% da população total, mais de dois milhões e 300 mil concentradas nas regiões do Sul da península e mais de dois milhões e 500 mil mulheres.
A incidência da pobreza absoluta afetou mais de um milhão e 260 mil menores, 12,6% e mais um milhão e 63 mil pessoas na faixa de 18 a 34 anos, enquanto que o segmento com menor incidência foi o dos maiores de 63 anos.
A fonte indicou que, em geral, o impacto foi elevado nas famílias com quatro, cinco e mais componentes, com 8,9 e 19,6% respectivamente, enquanto que valores altos foram confirmados também nos casais com três ou mais filhos, com 16,6% e nas famílias de mães ou pais solteiros, com 11,4%
Segundo o Istat, a pobreza absoluta foi maior no grupo de pessoas com menores níveis educacionais e entre os estrangeiros, onde abarcou mais de um milhão e 500 mil famílias, equivalentes a 25,1%.
*Com informações de Prensa Latina
** Tradução: Beatriz Cannabrava
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