A pobreza e a desigualdade existentes provavelmente prejudicarão a prosperidade, a paz e a segurança na África, a menos que os governos apliquem modelos inovadores e participativos, advertiram no última 21 especialistas na Etiópia.
A secretária executiva adjunta e economista chefe da Comissão Econômica para a África das Nações Unidas (ECA, na sigla em inglês), Hanan Morsy, disse que cada vez é mais improvável que os Estados africanos alcancem muitas das metas estabelecidas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030.
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Com este prognóstico, a ECA organizou a 55ª Conferência de Ministros Africanos de Finanças, Planejamento e Desenvolvimento Econômico (CoM2023), que de 15 a 21 de março realizou-se na capital etíope com o tema “Fomentar a recuperação e a transformação na África para reduzir as desigualdades e vulnerabilidades”.
O governador do Banco da Maurícia, Harvesh Seegolam, expôs as medidas adotadas por seu país para enfrentar a pandemia da Covid-19 e suas consequências no setor turístico, inclusive a transformação do Banco Central em uma instituição independente.
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Informou sobre a introdução de moratórias para apoiar setores específicos, crédito em linha e a criação da Cooperação de Investimentos que operava independentemente do Banco Central e tinha auditorias para garantir que o dinheiro investido beneficiaria esta instituição bancária.
ONU
55ª Conferência de Ministros Africanos de Finanças, Planejamento e Desenvolvimento Econômico (CoM2023)
Por sua vez, o ministro das Finanças etíope, Ahmed Shide, comentou que seu país, como qualquer outro da região, também sofreu os efeitos da crise sanitária, e que a resposta governamental foi uma combinação de políticas fiscais e monetárias.
Shide lembrou o adiamento do pagamento do imposto de renda de pessoa física, a reprogramação de cotas de empréstimos bancários, a concessão de anistia fiscal a diferentes setores, assim como o estímulo à produção local de alimentos, entre outras. Sobre a realidade da República Centroafricana, falou o titular de Finanças, Hervé Ndoba, que comentou o enfrentamento da escassez de combustível e o alto custo do transporte de produtos básicos, principalmente porque é um país sem saída para o mar.
“Para abordar estes desafios, o governo criou um porto seco com armazéns para os importadores e estabeleceu taxas alfandegários para limitar a inflação das importações”, acrescentou.
O secretário executivo interino da ECA, Antonio Pedro, alertou que a África está cada vez mais atrasada em relação a outras regiões do mundo e agora representa a maior parte dos pobres do mundo devido ao aumento da pobreza e das desigualdades.
Devido a este panorama – enfatizou – muitos países da região enfrentam uma redução da renda, uma crescente tensão da dívida e um espaço fiscal restringido, o que limita sua capacidade para responder às crises econômicas. “As associações são chave para abordar os desafíos africanos, concluiu.
Redação | Prensa Latina
Tradução de Ana Corbisier
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