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ToggleMesmo no setor da segurança pública, tão papagaiado pelo tucano-falso como uma vitrine do seu governo, a situação é trágica. Assaltos e homicídios seguem em alta. O Estado tem o maior contingente policial do país, mas convive com cenas cruéis de violência – como na chacina que matou nove jovens em Paraisópolis, na Zona Sul da capital.
A morte já faz parte da rotina do trabalhador pobre, preto e periférico. Segundo dados da própria Ouvidoria das Polícias, a PM paulista mata, em média, uma pessoa a cada 12 horas.
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Saldo negativo em todas as áreas
Em outras áreas, o saldo do reinado longo tucano também é negativo. Nas obras contra as enchentes no Estado, entre 2010 e 2019, os governantes do PSDB usaram somente R$ 3,6 bilhões dos R$ 6,2 bilhões previstos para serem usados em preventivas.
No transporte público pouco se avançou na malha metroviária As obras do Metrô Linha Ouro, da Linha 6-Laranja e Linha 4 foram abandonadas pelos consórcios privados; ficaram paralisadas por mais de ano.
O processo de transferência do setor é privatização do Metrô da Linha segue em curso, como na entrega das bilheterias da Linha 5. O processo de privatização do setor é total. Pesquisa recente feita pelo Senac comprova que 33% dos paulistanos gastam mais de duas horas para se deslocar ao trabalho.
Já o déficit habitacional da unidade mais rica da federação, segunda pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, é da ordem de 1,8 milhões de domicílios. A fila da moradia popular na capital ultrapassa 1 milhão de inscritos. João Doria, dono de várias metades de mansões — algumas delas inclusive denunciadas por atraso no pagamento do IPTU —, cortou pela metade o orçamento da habitação e em 13% do orçamento de assistência social.
Montagem
Já o déficit habitacional da unidade mais rica da federação, segunda pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, é da ordem de 1,8 milhões
Doria tem aversão aos trabalhadores
Na prática, o governador elitista de São Paulo, que teve sorte como lobista de ricaços, têm a versão aos trabalhadores, às camadas populares. Que o diga o funcionalismo público, tratado com total desprezo. O tucano bancou na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) um projeto de Reforma da Previdência que eleva a idade mínima para 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens) – aumentos de sete e cinco anos, respectivamente –, e amplia a alíquota previdenciária de 11% para 14%.
Na reta final do seu mandato, João Doria ainda envia à Alesp o Projeto de Lei Complementar-26, que enfraqueceu o serviço público e abre brecha para mais privatizações. Em plena pandemia, a relação do governador com o funcionalismo é de terror, como aponta um balanço produzido pela Rede Brasil Atual no final de setembro:
Pesquisas indicam que “tucanistão” de São Paulo parece estar com os dias contados
“Professores, profissionais da saúde e outros servidores públicos vivem um ano e meio uma rotina de medos, desafios e muita coragem para enfrentar a Covid-19. O reconhecimento vem de todos os lados, mas do Estado de São Paulo, que retira direitos de quem está na linha de frente do sistema de saúde, nas escolas não tentando fazer a educação chegar aos alunos, ou encarando os problemas agravados pelo coronavírus nenhum sistema prisional”.
De acordo com o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde-SP), o PLC-26 inclusive prevê acabar com o reajuste adicional de insalubridade dos profissionais da área – que estão na linha de frente do combate ao coronavírus.
“Entre diversos pontos prejudiciais, o PLC acabará com a estabilidade, os concursos públicos e os direitos dos servidores. O que está em curso é uma destruição do funcionalismo no Estado de São Paulo. Desta forma, poderá haver uma evasão de servidores, prejudicando a população”, alerta a Apeoesp.
*Texto elaborado como contribuição para o 10º Congresso do Sindicato dos Trabalhadores em Água, E Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema).
Altamiro Borges é jornalista e editor do Blog do Miro
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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