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Novo informe da OMS registra que o mundo já ultrapassou 300 mil mortes por Covid-19

Organização adverte sobre potencialidade de novo coronavírus SARS-Cov2 se converter em um vírus endêmico e não ir embora nunca
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Genebra

Tradução:

O mundo ultrapassou hoje a marca de 300 mil mortes pela Covid-19, segundo o balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com a OMS, o coronavírus SARS-Cov-2 causou a morte de 311.277 pessoas no nível internacional, enquanto o site Worldmeters -que faz acompanhamento da crise sanitária global – indica que as mortes ascendem a mais de 319,118 mil. 

O número de contágios também continua aumentando vertiginosamente. 

A América se confirma nos últimos dias como o continente más afetado com 1.819.000 contágios e a Europa, que durante semanas foi o epicentro da pandemia, está agora em segundo lugar com 1.801.000. 

Quanto aos países, os Estados Unidos continuam como o mais impactado em todo o planeta com 1.544.011 casos e mais de 91.717 falecidos.

Apesar da complexa situação, numerosos estados dessa nação continuam relaxando as restrições dirigidas a frear a propagação do vírus, como o isolamento social. 

A cadeia de notícias CNN indicou que tomará semanas conhecer os efeitos desse relaxamento das medidas, enquanto os especialistas alertam que uma reabertura apressada poderia levar a um aumento dos casos e mais mortes. 

O presidente do país, Donald Trump, e outras figuras republicanas, estão pressionando para recomeçar quanto antes os negócios, ao mesmo tempo que criticam os políticos democratas que prolongam as medidas de distanciamento social, e apoiam aqueles que desafiam as ordens de permanecer em casa. 

Por outro lado, embora a África se mantenha como uma das regiões menos afetadas, com algo mais de 78 mil casos, a situação nesse território continua gerando preocupações que apontam principalmente ao futuro. 

Uma nota publicada no site do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola advertiu hoje que a África poderia ser o continente mais afetado pelas consequências econômicas do coronavírus SARS-Cov-2 e estimou que 80 milhões de pessoas poderiam ser levadas Pa pobreza extrema pelas sequelas da pandemia no aspecto alimentar. 

O texto, redigido pelo ex-presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo, e pelo primeiro ministros etíope Hailemariam Desalegn, incluiu um apelo aos países da área para não descuidar dos pobres que habitam as zonas rurais. 

“A África até agora tem escapado das piores consequências para a saúde da pandemia da Covid-19. No entanto, parece que o continente poderia ser o mais afetado pelas consequências econômicas da crise: 80 milhões de africanos poderiam ser levados à pobreza extrema se não forem tomadas medidas”, ressaltaram os autores.

Organização adverte sobre potencialidade de novo coronavírus SARS-Cov2 se converter em um vírus endêmico e não ir embora nunca

Facebook / Reprodução
No Brasil número de mortes ultrapassou 17000

A OMS adverte sobre potencialidades do novo coronavírus SARS-Cov2

A OMS advertiu que hoje é muito difícil predizer por quanto tempo circulará o novo coronavírus SARS-Cov2, pois as pesquisas de vários países indicam que apenas uma baixa porcentagem da população mundial se contagiou. 

Da cifra de contagiados no mundo, uma elevada porcentagem foi assintomática (infectada sem sintomas ou muito leves), mas com a capacidade de transmitir a outras pessoas. 

Tal observação foi proposta pelo diretor de Emergência Sanitárias da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, que opina que esse patógeno pode seguir o curso de outros vírus que estão ativos no mundo.

O SARS-Cov2, causador da Covid-19, tem o potencial de se converter em um vírus endêmico e não ir embora nunca, como tem ocorrido com outras doenças como a malária, o dengue hemorrágico, a doença de Chagas, a coqueluche, a febre-amarela, o sarampo e o vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), afirmou o diretor da OMS. 

De acordo com a literatura científica, uma doença é denominada endêmica quando está presente em uma zona de maneira permanente, em todo momento e durante muitos anos. 

Ryan exemplificou como o HIV não desapareceu, mas a humanidade adaptou-se a viver com ele, o que significa que embora um vírus seja endêmico pode ser controlado. 

Sobre essa base, Ryan considera que não é prudente criar expectativa nem predizer uma possível data do fim da transmissão do novo coronavírus e a doença que ele gera, detectada na China no final do ano passado. 

Em tal sentido, o chefe de Emergências Sanitárias da OMS também apontou que se aparecer uma vacina, para que ela seja efetiva deve ser altamente eficaz, com disponibilidade para todo o mundo e aplicada de forma massiva. 

Para o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ainda é possível controlar o Sars-Cov2, o que requer um esforço extraordinário e coordenado no nível global para deter a pandemia. 

Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.

Tradução: Beatriz Cannabrava /Ana Corbusier


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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