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Cuba começa a aplicar vacina nacional em 150 mil profissionais de saúde; parceria com China visa eficácia contra novas cepas

Com duas vacinas na fase três, Cuba pode se tornar o primeiro país latino-americano a ter uma vacina totalmente desenvolvida na região
Beatriz Contelli
Diálogos do Sul
Rio de Janeiro (RJ)

Tradução:

Nesta semana, Cuba começou a administrar a Soberana 02, sua vacina em etapa mais avançada de desenvolvimento. De acordo com a Universidade John Hopkins, Cuba tem 70.634 casos de coronavírus com 413 mortos.

O imunizante Soberana 02 será testado em 150 mil profissionais da saúde de Havana, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos e outros funcionários do setor.

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Os resultados da testagem irão complementar os dados de eficácia da fase 3 e será avaliada a redução da incidência e propagação do vírus no país.

Um estudo semelhante será realizado em breve em Santiago de Cuba, na parte oriental da ilha, com a vacina Abdala, que também está em sua última fase de testes clínicos.

Caso alguma das duas vacinas receba autorização final, Cuba será o primeiro país da América Latina a produzir um imunizante 100% nacional.

Na última terça-feira (23), autoridades da saúde anunciaram em rede nacional que entre os meses de maio e junho cerca de 2,1 milhões de habitantes receberão as vacinas que estão sendo testadas.

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Participam da fase 3 da Soberana 2 o Irã, com 100 mil doses, e a Venezuela, com 60 mil. Segundo a diretora de Ciência e Inovação Tecnológica do Ministério da Saúde Pública, Ileana Morales, a testagem pretende analisar a eficácia e segurança na doença.

De acordo com a imprensa cubana, o ensaio deve terminar no final de agosto.

Com duas vacinas na fase três, Cuba pode se tornar o primeiro país latino-americano a ter uma vacina totalmente desenvolvida na região

Prensa Latina
Cuba começou a administrar a vacina Soberana 02.

Parceria com a China

Cuba e China estão trabalhando para desenvolver a Pan-Corona, vacina que seja eficaz contra diferentes cepas do coronavírus.

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A agência de notícias do governo chinês anunciou que a parceria surgiu a pedido da China e foi aprovada por Cuba.

“É uma estratégia que poderia proteger contra emergências epidemiológicas de novas cepas do coronavírus que possam existir no futuro”, comentou o diretor do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia de Cuba, Gerardo Guillén.

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Guillén também destacou a boa relação entre os dois países, principalmente no ramo da biotecnologia, em que Cuba contribui com experiência profissional e a China apoia com equipamentos, logística e recursos.

Beatriz Contelli é estudante de jornalismo e colabora com a revista Diálogos do Sul


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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