Na sexta-feira recente, dia 15, iniciou-se o processo de inscrição para o Seminário: para a transformação do triângulo mineiro e alto Paranaíba.
Trata-se de Seminário que contará com 14 Mesas Redondas sempre às segundas e sextas-feiras, com início no dia 1 de agosto às 19 horas. As mesas terão duração de 1h30.
Os palestrantes componentes das mesas são pessoas qualificadas no tratamento das temáticas, todas da maior importância para conhecimento da nossa Região no Estado de Minas Gerais.
Iniciaremos tratando do Cerrado e seus povos tradicionais, incluindo os quilombolas, os povos de nações indígenas esparramados pelas áreas ocupadas por população subalternizada, pescadores e camponeses entre outros. É indispensável conhecer essas ancestralidades, bem como suas formas de convívio com o Cerrado.
Todas as pessoas que se referem a essa diversidade foram capturadas pelo sistema capitalista prevalecente e dependente do capital financeiro, submetidos ao engodo mercadológico, conforme expressões do Professor Doutor Rosselvelt José dos Santos, docente no Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia.
Cidade de Uberaba (MG) – Wikimedia Commons
Ao se falar de governos democráticos há que se entender que se torna indispensável a participação de todos os setores sociais envolvidos
Conhecer essas diversidades se constitui em elemento fundamental para se ter um Planejamento justo na Região tratada.
É notável que o sistema submeteu todas essas populações às condições impostas pelo capitalismo. Deve ser definido o critério que se utilizará no Planejamento para saber se a pretensão é manter esse estado de dominação sobre tais grupos sociais ou se haverá um projeto para libertação e respeito às suas diversidades.
O professor Wagner Teixeira, docente na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, localizada em Uberaba, apresenta a interessante proposta de “Criação dos Conselhos Populares/Comunitários para a auto-organização e defesa de seus direitos e interesses”.
Ao se falar de governos democráticos há que se entender que se torna indispensável a participação de todos os setores sociais envolvidos. A descentralização com o reconhecimento dos grupos sociais diversos não é suficiente se não ocorrer a importante participação, na qual todos tenham voz, sejam de fato ouvidos e atendidos em suas demandas. Assim é que não adianta apenas criar conselhos, não adianta apenas ouvir os conselheiros representantes dos setores que o compõe. É indispensável a criação de instrumentos de acompanhamento para as demandas ouvidas e acolhidas democraticamente.
Para se inscrever ou saber mais informações como programação, temas e convidados, confira a página do evento no portal da Universidade Federal de Uberlândia.
Claúdio Di Mauro é geógrafo e colaborador da Diálogos do Sul.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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