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Na ONU, Cuba denuncia consequências do fortalecimento do bloqueio dos EUA à ilha

Estados Unidos aplica agora sanções financeiras adicionais contra uma nação que há 60 anos se caracteriza por seu internacionalismo
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Havana

Tradução:

A representante permanente alternada de Cuba na ONU, Ana Silvia Rodríguez, denunciou as consequências, na Assembleia Geral do organismo, do fortalecimento do bloqueio dos Estados Unidos contra a ilha e suas novas sanções unilaterais.

O bloqueio não só se mantém, como se reforça com a recente decisão de Washington de permitir que sejam tomadas ações em tribunais norte-americanos ante demandas judiciais contra entidades cubanas ou estrangeiras sob jurisdição dos Estados Unidos.

As novas disposições da administração da Casa Branca impedem a entrada de diretores, e seus familiares, de empresas que investem legitimamente em Cuba em propriedades que foram nacionalizadas, detalhou Rodríguez.

Além disso, a embaixadora nos Estados Unidos repudiou a decisão do governo de Donald Trump de limitar as remessas que cubanos residentes nos EUA enviam a seus familiares e amigos na ilha e rejeitou a restrição de viagem imposta a cidadãos estadunidenses que desejam ir ao país caribenho.

Estados Unidos aplica agora sanções financeiras adicionais contra uma nação que há 60 anos se caracteriza por seu internacionalismo

Prensa Latina
A representante permanente alternada de Cuba na ONU, Ana Silvia Rodríguez

Estados Unidos aplicam agora sanções financeiras adicionais contra Cuba, uma nação que há 60 anos caracteriza por seu internacionalismo, anti-imperialismo, solidariedade e unidade junto aos mais pobres, ressaltou.

“Meu país tem contribuído para melhorar as condições de vida de outros povos e nações, sendo um exemplo para a cooperação Sul-Sul”, afirmou.

Rodríguez reiterou, ainda, a solidariedade da ilha com a Venezuela. “Esse é um direito de Cuba e um dever que faz parte da tradição e dos princípios irrenunciáveis da política exterior da Revolução”, assegurou.

“Nenhuma ameaça, nenhuma chantagem ou ultimato dos Estados Unidos desviará a conduta internacionalista da nação cubana, apesar os danos do bloqueio”, reafirmou a embaixadora.

Nesse sentido, alertou que a América Latina e o Caribe resulta cenário de persistentes ameaças incompatíveis com a declaração como zona de paz feita pela Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos.

Assim, a embaixadora confirmou o compromisso de Cuba de trabalhar junto à ONU em prol do estabelecimento de uma ordem internacional democrática e justa que responda aos pedidos de paz, e justiça dos povos.

Em seu discurso no evento de alto nível pelo Dia Internacional do Multilateralismo e Diplomacia para a Paz, Rodríguez disse que esta data não deve ser assumida como uma simples celebração, mas como uma reafirmação do dever e da responsabilidade coletiva de se preservar a paz.

“O governo de Havana continua comprometido com a defesa e a promoção do multilateralismo”, afirmou, em um contexto marcado por crescentes ameaças à paz e a segurança, guerras não convencionais, grosseiras violações à soberania, tentativas de impor uma ordem unipolar e sanções unilaterais.

Por isso, acrescentou a embaixadora, “é tão importante o respeito à soberania, à integridade territorial, à não intervenção em assuntos internos, e a se abster da ameaça ou do uso da força, bem como apostar na resolução pacífica de controvérsias”.

Segundo destacou, “é hora de pôr fim à manipulação, politização e dupla moral em temas como os direitos humanos e acabar com as leis extraterritoriais como o bloqueio imposto a Cuba por Estados Unidos há mais de 60 anos e que conta com 27 resoluções de rejeitado por parte da Assembleia Geral da ONU”.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Redação Prensa Latina

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