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A 29ª Jornada Nacional de Cineclubes será realizada de 1º a 04 de outubro, na Ilha de Itaparica e pretende reunir mais de 80 cineclubes de todo o Brasil, para discutir sobre os rumos do cineclubismo brasileiro, a democratização do audiovisual, direito do público, metas e encaminhamentos relacionados às políticas públicas que nortearão o movimento cineclubista brasileiro ao longo dos próximos anos.Além da presença do Secretário do Audiovisual (SAV/MinC), Pola Ribeiro, o evento contará com a presença de, no mínimo, um representante de cada Estado do país.
Questões estruturais do movimento, que vêm sido pensadas há anos pelo Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC), serão trabalhadas como pontos de partidas pelos Grupos de Trabalhos (GT’s) que se debruçarão sobre elas a fim de analisar o movimento em sua contemporaneidade e planejar estratégias para a sua continuidade no decorrer dos próximos dois anos. Para tanto, serão contempladas pautas como: acervo e difusão; formação cineclubista; cineclubismo e educação; comunicação e relações públicas; cineclubismo, movimentos sociais e diversidade cultural; sustentabilidade cineclubista; memória do movimento cineclubista brasileiro, entre outros temas.
A Jornada é uma realização do Conselho Nacional de Cineclubes, União de Cineclubes da Bahia e conta com o apoio do Ministério da Cultura, através da Secretaria do Audiovisual (SAV/MinC), Fundação Pedro Calmon, Sindireceitas e emenda parlamentar da Senadora Federal Lídice da Mata. A Jornada Nacional de Cineclubes é produzida pela atual Diretoria Provisória/2013 do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros.
Os cineclubes existem há mais de 100 anos, em 1913, foi o do registro primeiro cineclube na França, chamado de Cinema do Povo, que foi criado por operários do cinema, que resolveram debater e exibir suas próprias imagens. A coordenadora da Jornada Nacional de Cineclubes, Gleciara Ramos, explica que “à medida que o cinema se desenvolveu enquanto indústria do entretenimento acabou se tornando uma alienação, por isso o movimento do cineclubismo tem como proposta democratizar o acesso a conteúdos que abordem o multiculturalismo que é característico do nosso tempo somente garantido, com o respeito ao direito do público, por isto também discutiremos a importância deste direito para a soberania popular, a geopolítica da emancipação através do audiovisual, e a tecnologia brasileira de ponta nesta área de exibição, com a participação de Leopoldo Nunes, fundador da Programadora Brasil, e Guido Lemos, apresentando a tecnologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), nesta área”.
Esta edição da Jornada se pauta pelo respeito à diversidade, em um formato diferenciado, ela vai absorver a diversidade, seguindo o movimento que já existe hoje no Brasil e no mundo, por isso serão exibidos mais de 100 filmes, no BOX DA DIVERSIDADE com várias temáticas de dezenas de diretores de várias regiões do país.
A Fundação Pedro Calmon (FPC), é parceira nesta realização e traz o debate para uma leitura crítica desses conteúdos. Após a exibição de filmes selecionados destes Box, serão realizadas 8 Rodas de Leituras Transversais, essas Rodas levarão em 4 dias, mais de 80 cineclubistas de várias partes do país para compartilhar estes debates com as Comunidades da Ilha de Itaparica, no Quilombo do Tereré e no Mercado Popular de Vera Cruz.
“Aqui no Brasil houve uma busca maior pelo reconhecimento da identidade cultural do povo brasileiro, sobre o que é cultura em seu aspecto antropológico, procurando identificar quem faz a cultura, neste aspecto o ex-ministro Gilberto Gil criou um marco, ele incentivou a formação de cineclubes, através do Cine Mais Cultura, com um formato diferente dos cineclubes do passado, antes os cineclubes eram direcionados para pessoas cinéfilas, com o objetivo de ver filmes antigos, mas agora eles são voltados para o fortalecimento dos valores étnico-culturais, levando acesso à cultura e a informação para lugares mais isolados”, destaca a coordenadora da Jornada Nacional de Cineclubes, Gleciara Ramos.