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Em 16 de dezembro de 2016, completou-se 40 anos da Chacina da Lapa, quando uma parte da direção do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) foi dizimada pela repressão da ditadura militar e outra se viu obrigada a exilar-se. Morreram, no episódio, os dirigentes Pedro Pomar, Ângelo Arroyo e João Batista Drumond. A intenção era liquidar a organização dos comunistas brasileiros, que enfrentou o regime discricionário de 1964 com determinação, inclusive pelas armas. Vítima de feroz perseguição, o Partido nunca se intimidou e pagou seu tributo de sangue por honrar suas tradições revolucionárias, sendo alvo da última matança das muitas promovidas pelos algozes da ditadura.
João Amazonas, destacado ideólogo comunista, disse que o Partido é como a fênix, da mitologia grega: quando se pensa que acabou tudo, ele renasce das próprias cinzas. Foi o que aconteceu após aquela chacina. O PCdoB rapidamente se rearticulou, reafirmou sua luta para liquidar o regime dos militares golpistas e foi protagonista em importantes episódios que resultaram na transição para o regime democrático e na sua evolução que levou o país ao ciclo de governos progressistas dos ex-presidentes Luis Inácio Lula Silva e Dilma Rousseff. O sangue derramado na Chacina da Lapa ficou como marca da abnegação que anima a convicção dos comunistas na luta por um Brasil democrático e progressista, mais uma vez reforçada na passagem desses 40 anos daquele trágico acontecimento.