Conteúdo da página
ToggleContra a sanha do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pela privatização da Sabesp, Metrô e CPTM, os trabalhadores promovem na próxima terça-feira (28) uma nova greve, agora com apoio dos trabalhadores da educação, saúde e da Fundação Casa – que também sofrem com sucateamento e cortes.
Em 3 de outubro uma primeira greve dos trabalhadores paralisou as suas atividades por 24 horas nas três companhias. A greve foi fundamental para que os trabalhadores demonstrassem a sua insatisfação e a população enxergasse os prejuízos que a privatização pode acarretar nos serviços das empresas.
Em diversos vídeos nas redes sociais e em transmissões ao vivo de emissoras de televisão – apesar das dificuldades impostas pela falta dos serviços, em especial de transportes – a população demonstrou apoio à pauta dos trabalhadores em contrariedade ao avanço da venda das empresas sem discussão com o povo.
Na ocasião, os trabalhadores do transporte pediram “catraca-livre” para a população como forma de não interromper os serviços, porém a justiça e o governo negaram. Dessa vez, novamente, os metroviários pedem para que os passageiros sejam isentos de pagamento de tarifa no próximo dia 28, data da greve, como forma de manterem os protestos sem ter que paralisar totalmente a operação.
Um abaixo-assinado (confira aqui) foi lançado pelo Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo para exigir a liberação das catracas. No texto é destacado a operação de liberação das catracas para a realização do ENEM: “experiência extremamente segura”.
Foto: Sintaema/X
“Será um sonoro não às privatizações de Tarcísio de Freitas que ataca trabalhadores e o direito da população à água", afirma Sintaema
Plebiscito
A insatisfação das pessoas com a privatização ficou evidente com o resultado do Plebiscito Popular Contra a Privatização da Sabesp, Metrô e CPTM. Segundo as entidades organizadoras, entre elas o Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), o plebiscito, que teve duração de dois meses, contabilizou 879.431 votos, sendo que 99,9% das pessoas que votaram indicaram ser contrárias à privatização do Metrô, CPTM e Sabesp.
O documento com o resultado foi entregue aos deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Assista na TV Diálogos do Sul
Mesmo com toda a movimentação, o governo paulista se mantém intransigente em sua proposta. Na última quarta-feira (22), a tramitação do projeto de privatização da Sabesp foi acelerada na Alesp com a aprovação do relatório do deputado Barros Munhoz (PSDB) no congresso de comissões. O movimento deixou a proposta pronta para ir ao plenário da casa na terça (28), data em que os trabalhadores irão entrar em greve.
“Será um sonoro não às privatizações de Tarcísio de Freitas que ataca trabalhadores e o direito da população à água, ao transporte e à educação públicos. Faremos uma mobilização maior que a greve de 3 de outubro para denunciar para a população o ataque do governador Tarcísio contra os serviços essenciais em São Paulo e também protestar contra a retirada de recursos da educação”, publicou a direção do Sintaema.
Paralisações do Metrô e CPTM
Além da greve dos funcionários da Sabesp, a greve no próximo dia 28 deverá paralisar as operações do Metrô nas linhas 1 – Azul; 2 – Verde; 3 – Vermelha e 15 – Prata (monotrilho). As linhas que já operam pela iniciativa privada devem manter o funcionamento, 4 – Amarela e 5 – Lilás.
Na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a greve será nas linhas 7 – Rubi; 10 – Turquesa; 11 – Coral; 12 – Safira; e 13 – Jade. As linhas 8 – Diamante e 9 – Esmeralda (com histórico recorrente de problemas), deverão mantar as atividades.
DIA 28 É GREVE!
Todos conhecem as consequências da privatização. Tirar serviços essenciais da mão do estado carregam problemas como: aumento da tarifa, piora no serviço e demissão de trabalhadores(as). + pic.twitter.com/O2DwXUvRo7— Sintaema-SP (@Sintaema) November 27, 2023
Agenda
Na próxima segunda-feira (27) já começam as atividades grevistas, todas aprovadas em assembleias realizadas pelas categorias, e meia-noite e um, já na terça (28), começa a greve. Confira o calendário:
27 de novembro
Em frente à Câmara Municipal de São Paulo (Viaduto Jacareí, 100)
- 16h: Assembleia de ratificação da greve do dia 28 de novembro;
- 18h: Audiência pública da Frente Parlamentar Nacional Contra a Privatização da Sabesp, na Câmara Municipal.
28 de novembro
Greve Unificada
- 00h01: Início da greve;
- 15h: Ato Público na Alesp (Avenida Pedro Alvares Cabral, 201) reunindo Sintaema, Metroviários, Ferroviários, Apeoesp, trabalhadores da saúde, Fundação Casa, movimentos sociais, sindicais, parlamentares e a população.
Murilo da Silva | Portal Vermelho
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
Assista na TV Diálogos do Sul