UOL - O melhor conteúdo
Pesquisar
Pesquisar
Pedro Sánchez (Foto: Eva Ercolanese - PSOE / Flickr)

Reeleito líder do PSOE, Sánchez anuncia programa de moradia acessível

Pedro Sánchez anunciou a criação de uma "grande empresa pública", que terá função de tornar a moradia o quinto pilar do Estado de bem-estar na Espanha
Armando G. Tejeda
La Jornada
Madri

Tradução:

Beatriz Cannabrava

Neste domingo (1), conforme previsto, o apoio à reeleição de Pedro Sánchez como líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) foi total. O presidente do governo da Espanha recebeu mais de 90% dos votos dos delegados do Congresso Federal do partido. Em seu discurso de vitória, Sánchez anunciou a criação de uma “grande empresa pública de moradia” para resolver o que se tornou um dos principais problemas deste país, que servirá de catapulta para ganhar as eleições gerais de 2027, para as quais o próprio Sánchez afirmou que se sente “com muita energia” para se candidatar.

O último Congresso Federal do PSOE foi há quatro anos, quando se acordaram uma série de linhas políticas que o exercício do governo impediu de desenvolver, como seu então rechaço a uma lei de anistia, que finalmente foi aprovada no Parlamento, ou suas alianças com os grupos independentistas bascos e catalães, agora pilares para a aprovação de suas políticas públicas.

Continua após o anúncio

O encontro de toda a “família socialista” foi em Sevilha, para onde também foram algumas das poucas vozes críticas dentro do partido, como o presidente de Castilla-La Mancha, Emiliano García Page, que enfatizou o plano de financiamento autonômico para evitar que a Catalunha seja beneficiada em virtude dos pactos com os partidos soberanistas. Mas o Congresso Federal serviu para deixar claro que a imensa maioria do partido está com seu líder.

Moradia como quinto pilar

O encerramento do encontro de três dias foi marcado pelo discurso do secretário-geral, Sánchez, que destacou que buscará resolver um problema estrutural: os altos preços da moradia que têm impedido centenas de milhares de pessoas de acessar uma casa, sobretudo jovens, que atrasam sua emancipação dos pais.

Continua após o anúncio

“Essa grande empresa pública” servirá, segundo Sánchez, para converter a moradia no quinto pilar do Estado de bem-estar, e desenvolver com mais vigor o Plano de Moradia em Aluguel Acessível, com o objetivo de habilitar 184 mil moradias em regime de aluguel social ou a preços acessíveis.

Supremo da Espanha investiga ex-ministro José Ábalos por abuso de poder e corrupção

Sánchez também mencionou de uma “máquina da lama”, em alusão aos ataques que recebe diariamente da imprensa de direita e que, em sua opinião, propiciou uma série de processos judiciais contra ele, como o que afeta sua esposa, Begoña Gómez — acusada de tráfico de influências e corrupção em negócios — e o de seu irmão, David Sánchez — investigado por fraude fiscal e tráfico de influências.

Além disso, mencionou outro grande processo judicial que envolve seu partido, no qual está implicado o ex-ministro de Fomento, José Luis Ábalos.

La Jornada, especial para Diálogos do Sul Global – Direitos reservados.

Continua após o anúncio


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

Armando G. Tejeda Mestre em Jornalismo pela Jornalismo na Universidade Autónoma de Madrid, foi colaborador do jornal El País, na seção Economia e Sociedade. Atualmente é correspondente do La Jornada na Espanha e membro do conselho editorial da revista Babab.

LEIA tAMBÉM

P20250402AM-0738
Show de tarifas: Trump isola EUA e distorce relações comerciais
Duplo julgamento de Yoon Suk Yeol põe à prova institucionalidade da Coreia do Sul
Duplo julgamento de Yoon Suk Yeol põe à prova institucionalidade da Coreia do Sul
China e Rússia nossa relação está mais forte do que nunca, rumo ao mundo multipolar
China e Rússia: nossa relação está mais forte do que nunca, rumo ao mundo multipolar
Sociólogo esperam Israel exterminar palestinos, depois abrem museus e estudos sobre genocídio
Sociólogo: deixam Israel exterminar palestinos, depois abrem museus e estudos sobre genocí