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ToggleSegundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fundação de assessoramento ao governo, em 2020 havia 221.869 moradores de rua em todo o Brasil. Hoje, principalmente depois das paralisações promovidas pela Lava Jato e pela pandemia da Covid 19, é muito maior, mas ainda não dispomos de dados.
Maravilhas do neoliberalismo para reiterar a certeza de que o capitalismo mata. Não há hoje um centro urbano sem parte da população marginalizada, nas periferias. Além disso, famílias inteiras, com crianças e idosos, forçadas a viver nas ruas, sem a menor proteção. 70% dormem nas ruas e ainda sofrem todo tipo de discriminação.
Em 2009 eram 32 mil, já era um absurdo. De 2012 a 2020 foi de 92.515 para os 222 assinalados, um incremento de 139%. Quantos mais terão sido cominados a ir pras ruas como consequência das paralisações e desempregos?
Na capital de São Paulo, segundo a Prefeitura, em janeiro de 2022 eram 31.884 os moradores de rua. Em 2019 eram 24.344, um incremento de 31% em dois anos. Outros 3 mil compõem a Cracolândia, a maioria vivendo também nas ruas.
Unifesp
Brasil: aumento da população moradora nas ruas é uma das "maravilhas" do capitalismo neoliberal de Guedes
Movimento Nacional de População de Rua
Não só discriminação. Morte também. Até onde chega a maldade dessa sociedade racista, pois são manifestações explícitas de racismo. O Movimento Nacional de População de Rua, nasceu em agosto de 2004, fruto da indignação provocada pelos maus tratos infligidos a 15 pessoas e a morte de 7 em situação de rua na Praça da Sé, em frente à catedral de São Paulo.
Antes do Massacre da Praça da Sé, num 23 de julho, há 29 anos, não há como esquecer a Chacina da Candelária em que 8 crianças e adolescentes em situação de rua foram executadas a tiros pela PM
Dia 19 de agosto ficou como Dia Nacional de Luta da população em situação de rua, está para ajudar a organizar esse povo e lutar contra a invisibilidade decretada pelos poderes públicos. Rapidamente se estendeu por vários estados.
Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC), dirigido por Carmem Silva, integra mais de duas mil pessoas. Moradia não significa propriedade, significa direito. Direito a um teto com todos os recursos, direito à escola e ao emprego. Essa é a luta.
Paulo Cannabrava Filho, jornalista e editor da Diálogos do Sul
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