Suspeito de sonegação de impostos e alvo de uma representação do Ministério Público (MP) pedindo que o Tribunal de Contas da União (TCU) declare a indisponibilidade de seus bens, Sergio Moro (Podemos) usou uma antiga estratégica política: atacou o acusador, o subprocurador Lucas Rocha Furtado, autor da ação.
Em contestação assinada pelos seus advogados – entre eles, Gustavo Guedes, ex-defensor de Michel Temer (MDB) – o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) diz que “o último requerimento do subprocurador-geral Lucas Furtado, atuando à margem do próprio Ministério Público de Contas, dever ser integralmente indeferido”.
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Moro já manifestou seu desejo de processar Furtado por meio de nota emitida na última sexta-feira (4).
“Fica evidenciado o abuso de poder perpetrado por este procurador do TCU. Pretendo representá-lo nos órgãos competentes, como já fez o senador da República, Alessandro Vieira (Cidadania-SE), e igualmente promover ação de indenização por danos morais”, disse Moro.
Lula Marques/Agência PT / Flickr
Nos 12 meses em que atuou na consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, moro recebeu o equivalente a R$ 3,537 milhões
Abuso de autoridade
Senadores do Podemos, partido de Moro, também protocolaram uma representação para apurar suposto cometimento de crime de abuso de autoridade por parte do subprocurador.
O documento, apresentado à Procuradoria-Geral da República (PGR), é uma reação às investigações em curso sobre a atuação do ex-juiz da Lava Jato na consultoria americana Alvarez & Marsal.
Candidatura de Moro não vai longe porque vai expor que ele fez do Brasil colônia dos EU
Furtado pediu ao TCU que declare a indisponibilidade dos bens do ex-juiz em razão de suspeitas de sonegação fiscal do ex-magistrado diante do contrato milionário com a consultoria estadunidense Alvarez & Marsal.
Pressionado, Moro revelou na semana passada que recebeu um total de US$ 656 mil, o equivalente a R$ 3,537 milhões, nos 12 meses em que atuou na consultoria estadunidense.
Ao avaliar os documentos apresentados por Moro ao TCU, Furtado mudou sua posição diante da investigação e defendeu a continuidade do processo e reafirmou “a necessidade de apuração do caso pela Receita Federal”.
O procurador pediu a adoção de uma medida cautelar de indisponibilidade dos bens alegando que houve “inconsistência dos documentos comprobatórios” do investigado e “suposta utilização de pejotização pelo Sr. Sérgio Moro a fim de reduzir a tributação incidente sobre o trabalho assalariado“
Plinio Teodoro, Jornalista, editor de Política da Fórum, especialista em comunicação e relações humana.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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