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Com 97% das urnas apuradas, Equador caminha para segundo turno sem a direita

Com 97% das urnas apuradas, o banqueiro Guillermo Lasso foi desbancado para o terceiro lugar. A disputa, no entanto, permanece acirrada
Luisa Fragão
Revista Fórum
São Paulo (SP)

Tradução:

Com 97% das urnas apuradas, o candidato esquerdista Andrés Arauz foi confirmado no segundo turno da disputa presidencial no Equador com 32,19% dos votos. Ele deve disputar o pleito com o ambientalista Yaku Pérez, que aparece em segundo lugar com 19,8%.

Com isso, o país deve ficar sem candidatos de direita no segundo turno, já que o banqueiro Guillermo Lasso foi desbancado para o terceiro lugar com 19,6% dos votos. A disputa, no entanto, permanece acirrada e só poderá ter um resultado definitivo com o encerramento total das apurações.

O país foi às urnas neste domingo (7) e o resultado final pode demorar dias para ser divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O segundo turno está planejado para o dia 11 de abril. 

Exilado na Bélgica, Rafael Correa intensificou sua ação nas redes sociais na véspera das eleições para promover a candidatura de Arauz, da coligação União Pela Esperança. O candidato foi Ministro do Planejamento e de Tecnologia durante seu terceiro e último mandato na presidência do Equador.

Com 97% das urnas apuradas, o banqueiro Guillermo Lasso foi desbancado para o terceiro lugar. A disputa, no entanto, permanece acirrada

Andrés Arauz (Reprodução/Twitter)
Andrés Arauz é o candidato da coligação União Pela Esperança

No domingo, Arauz usou as redes sociais para reivindicar a vitória. No entanto, pediu que seus apoiadores aguardassem o resultado oficial para comemorar. 

“Ganhamos! Vitória contundente em todas as regiões do nosso belo país. Nossa vitória é de 2 a 1 diante do banqueiro. Saudações ao povo equatoriano por esta festa democrática. Esperaremos os resultados oficiais para sair a festejar”, tuitou Arauz. 

Em contrapartida, Pérez questionou os resultados da contagem rápida realizada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

“Temos participado deste processo eleitoral exigindo transparência, mas apesar de a contagem rápida do CNE nos colocar em segundo lugar, eles se aproximam e parece que a intenção é nos rebaixar e deixar em terceiro lugar”, declarou a apoiadores.

Pouco mais de 13 milhões de equatorianos estavam convocados para irem às urnas. A participação superou os 70%, segundo o CNE.

Luisa Fragão Jornalista.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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