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ToggleApós o Brasil superar a cifra de um milhão de infectados e de 50 mil mortos pelo novo coronavírus, o embate na ineficiência a pandemia é revelada pela utilização de meio ardil em camuflar a evolução diária, comprometendo a tomada de decisão de autoridades locais e cidadãos em quais rumos tomarem no cotidiano.
O recente movimento de afrouxar os efeitos da quarentena tem se mostrado danoso, no sentido de reorganizar a volta das atividades normais, vez que não se mostra fidedigna a realidade e concorre com o movimento oscilatório de reabertura comercial aliado com rigidez de circulação de pessoas nas ruas, onde se verifica inflexão de infectados e mortos.
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O Ministério da Saúde é responsável por centralizar e divulgar dados, gerido por interino há mais de trinta dias, sinaliza a fragilidade do governo em nomear o titular. Com isso, permite que a comunicação seja alterada propositadamente, retardando atualização nacional da evolução, bem como tentativa de alterar metodologia com viés de enganar a população – o que levou a união de órgãos de imprensa a montarem consórcio paralelo em parceria com as secretarias estaduais de saúde para dirimir a incompetência do governo federal no combate à pandemia.
Reprodução: Flickr
Coletiva de imprensa do Ministério da Saúde
A tentativa de maquiar dados traz consequências desastrosas, pois gera expectativas que não condizem com a realidade e, assim, há descompasso de interação para promover iniciativas de atuação do poder público. O que configura em fator que colabora para o alastramento da crise sanitária que ainda não dá sinais de arrefecimento no Brasil.
A difícil coordenação entre as esferas de poder é vista pela abordagem que cada órgão promove junto à população, estabelecendo narrativas e contranarrativas cujo ponto de discórdia se mostra pela desinformação sistemática, onde todos são derrotados.
A divulgação de dados no Brasil sobre a pandemia da Covid-19 impacta negativamente devida à imprecisão e profundidade, que não se mostra capaz de formular análises concretas cujo uso político reflete na agilidade em adotar medidas para refrear o número de casos de contaminação pelo vírus, bem como direcionar com eficácia a alocação de recursos e meios suficientes para o devido combate.
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Sem a confiança em liderar este processo, o governo federal mostra a inaptidão em promover auxílio e informação adequados e, por isso, assistimos passivamente o Brasil ser capturado pelo novo coronavírus o que projeta em enormes dificuldades na trajetória da estabilização econômica pós-pandemia. Sem citar eventual rebote de segunda onda de transmissão, o que coloca em xeque o estilo rude do atual presidente que ausente, não possui capacidade de liderar o país na crise, pois se encontra ocupado em salvar o mandato, ao estabelecer alianças espúrias no congresso nacional, diante de processos que se avizinham e podem alijar do poder.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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