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Rafael Correa alerta sobre prisões e perseguição política no Equador

"Já apareceram cadernos e testemunhas falsas... E quem deveria estar preso é (Lenín) Moreno!", publicou o ex-presidente em sua conta do Twitter
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Quito

Tradução:

O ex-presidente do Equador, Rafael Correa (2007-2017) alertou hoje sobre ações do governo nacional contra membros do Movimento Revolução Cidadã, que definiu como perseguição política. 

“Yofre Poma, membro da Assembleia; Alexandra Arce, ex-prefeita; Paola Pabón, prefeita de Pichincha; detidos. Gabriela Rivadeneira, membro da assembleia; asilada. Suas casas revistadas. Todos da Revolução Cidadã. Já apareceram cadernos e testemunhas falsas… E quem deveria estar preso é (Lenín) Moreno!”, publicou Correa na sua conta do Twitter.

Denunciou também a recente detenção de Virgilio Hernández, secretário executivo da organização política formada por ex-membros do oficialista Movimento Aliança PAIS, desfiliados após desacordos com medidas tomadas pelo chefe de Estado, Lenín Moreno, consideradas prejudiciais para o povo, assim como por sua adesão à direita. 

"Já apareceram cadernos e testemunhas falsas... E quem deveria estar preso é (Lenín) Moreno!", publicou o ex-presidente em sua conta do Twitter

Agência Brasil
O ex presidente do Equador Rafael Correa

No caso das prisões de Hernández e Pabón, ambas ocorreram horas depois que a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), deu por terminada uma paralisação nacional de 11 dias, contra a eliminação do subsídio à gasolina extra e o diesel, entre outras reformas propostas pelo executivo, consideradas como “pacotaço” por vários setores do país. 

O fim das mobilizações foi parte de uma resolução tomada pelo movimento indígenas, durante o início de uma mesa de diálogos com o governo na qual foi acordado derrogar o Decreto 883, inscrito no plano de ajuste exigido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para outorgar ao Estado um crédito de quatro bilhões e duzentos milhões de dólares. 

A comoção nacional ocasionada pelo aumento nos preços dos combustíveis, que afetou principalmente os bolsos das famílias de menos recursos, provocou manifestações em massa de indígenas, trabalhadores, donas de casa, camponeses e estudantes universitários, entre outros setores, em numerosas cidades do país, repelidas com forte repressão pelas forças da ordem. 

Nessa conjuntura, o governo nacional responsabilizou Correa e os membros da Revolução Cidadã de liderar ações, no marco dos levantamentos cidadãos, encaminhadas a desestabilizar o governo e impulsar um golpe de Estado, o que foi rechaçado pelo movimento político. 

Na opinião do ex-mandatário, as acusações são parte de uma estratégia do executivo a fim de arremeter contra os chamados “correístas” e adiantou que inventarão falsos positivos para mitigar a derrota diante da unidade e do protesto da cidadania.

*Tradução: Beatriz Cannabrava

**Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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