O presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu nesta semana que se mantenha a América Latina como zona de paz, ante as ameaças de um ataque militar por parte dos EUA contra a Venezuela, após o discurso do mandatário estadunidense, Donald Trump, na Flórida.
“Trump insiste com a ameaça de um ataque militar contra o povo irmão da Venezuela e com o intervencionismo em Cuba e na Nicarágua. Os povos livres do mundo defendem sua soberania com dignidade ante agressões armamentistas contra a humanidade. A América Latina é uma zona de paz”, escreveu Morales em sua conta no Twitter.
Um comunicado da chancelaria boliviana fez eco às acusações do governo venezuelano sobre uma iminente intervenção militar, que seria orquestrada com o pretexto de levar “ajuda humanitária” à Venezuela, em apoio ao autoproclamado “presidente encargado”, o líder legislativo opositor Juan Guaidó.
Divulgação/ Twitter
“Frente ao evidente fracasso da agenda golpista arquitetada em Washington, com o objetivo de instaurar na Venezuela um governo fantoche que permita o roubo de seus recursos, Donald Trump pretende agora ditar ordens diretas aos militares venezuelanos para que estes desconheçam a Constituição”, manifestou a chancelaria boliviana.
Com estes chamados aos militares, os Estados Unidos estão “demonstrando sua falta de compreensão do espírito de lealdade da Força Armada Bolivariana da Venezuela”, afirmou.
O documento também denunciou que as ameaças de Trump se estenderam aos povos de Cuba e da Nicarágua, países que se solidarizaram com os constantes ataques que sofre a Venezuela.
Tradução: Miguel Breyton (Comitê Pela Paz na Venezuela)