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Trump na Casa Branca

Redação Diálogos do Sul

Tradução:

2016-11-09-PHOTO-00000039Não há precedente na pátria de Jefferson para uma campanha eleitoral tão sórdida e recheada de insultos como a última.

Donald Trump tomará posse em Janeiro como 45º Presidente dos Estados Unidos da América.
Obama foi um mau presidente. Trump será muito pior.
As sondagens até final davam Hillary como vencedora. Mas foram desmentidas nas urnas. Trump ganhou e por uma margem relativamente confortável.
Donald Trump fez desde o início da sua campanha declarações profundamente reacionárias. Insultou as mulheres com afirmações sexistas e, ao comprometer- se a erguer um muro na fonteira com o México, hostilizou milhões de latinos. Ameaçou aliás expulsar os imigrantes ilegais.
As posições que assumiu relativamente à política exterior alarmarem o Pentágono e o Departamento de Estado.
Foi acusado de simpatias por Putin ao declarar que pretende melhorar as relações com a Rússia. As grandes empresas do complexo militar industrial reagiram com alarme quando afirmou que tem a intenção de desenvolver as relações comerciais com a China e reduzir a dimensão do orçamento de defesa.
Mas, sempre contraditório, depois de distanciar do lobby sionista, disse já no final da campanha que ajudará Israel «a destruir o Irã».
Arrasar o establishment, que definiu como «classe política corrupta», foi um slogan permanente da sua campanha.
Hillary Clinton foi, pelo contrário, a candidata apoiada pelo establishment. Contou com o apoio do grande capital, da quase totalidade dos grandes media e da maioria dos intelectuais e artistas.
Mas, em artigos e entrevistas, intelectuais de prestígio como John Pielger, Oliver Stone, James Petras e Julian Assange identificaram nela «o mal maior», um perigo para a Humanidade por ter admitido o eventual recurso a armas nucleares num eventual confronto bélico com a Rússia.
Que fará Trump na Casa Branca?
Muitos observadores admitem que, sob a pressão do Sistema, engavetará rapidamente muitos dos compromissos assumidos durante a campanha. Seguiria o exemplo de Obama.
Mas o multimilionário Presidente eleito dos EUA é um homem imprevisível, meio tresloucado.
Uma onda de pânico atingiu às primeiras horas da madrugada Wall Street e o Pentágono. As bolsas da América, da Europa e da Ásia tendem a despenhar-se.
O mundo acompanhou com absorvente interesse as eleições americanas. Existe convergência no tocante ao caracter sórdido das campanhas dos candidatos. Em ambas ficou transparente a decadência dos EUA e de um Sistema de poder que aspira a dominar o planeta e surge como responsável por guerras criminosas.
*Editorial de odiario.info assumido por Diálogos do Sul


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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