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Evento acontecerá de 12 a 16 de outubro, em Santos, com público estimado de 10 mil pessoas
No retorno desta coluna, falei que algumas notícias me fizeram sair da inércia e voltar a escrever sobre fotografia. O primeiro texto foi para falar da exposição Gênesis, de Sebastião Salgado, que já começa na próxima terça. Este segundo artigo é ainda mais especial: é sobre o Festival Valongo.
Em entrevista na tarde desta quarta-feira, Iatã Cannabrava adiantou algumas informações do que vai acontecer aqui na Cidade. Para Iatã, Paraty ficou pequeno. “Queria democratizar o público ainda mais”. Ao todo serão 5 dias de evento, com público estimado de 10 mil pessoas já para esta primeira edição.Quem acompanha as notícias do mundo da fotografia deve ter visto matéria falando da mudança na direção do Festival Paraty em Foco. Após 11 edições, Iatã Cannabrava saiu da organização. Neste ano, o fotógrafo troca o litoral fluminense pelo paulista e chega a Santos em data já marcada: dia 12 de outubro, com o Festival Valongo.
“O festival não tem um novo olhar, o que ele tem é um olhar mais amplo. É como se trocássemos uma lente normal por uma grande angular. O que é fotografia? É roteiro. É edição. É click. É Arquivo”, assim defini Iatã em relação ao conceito do festival. Isso explica da melhor maneira a ideia – que divulgou em matéria do Globo – de trazer os roteiristas de “House of cards” e “Breaking bad” para programação do Valongo.
A frente do Estúdio Madalena (produtora cultural que tem a criação e a difusão fotográfica como temas centrais), junto com a fotógrafa Thamyres Matarozzi, Iatã diz que a escolha por Santos aconteceu de maneira óbvia e um pouco tardia até.
“Demoramos para olhar para Santos e seu Porto, que é o maior da América Latina. O Porto de Santos está na lista dos 50 mais importantes do mundo. Outro fator é o centro revitalizado. Sei que muitos reclamam, mas perto de outras cidades históricas, Santos está avançada”, diz.
Na entrevista, Iatã mostrou-se um apaixonado pela Cidade, sua história e personalidades. Destacou, por exemplo, o passeio de catraia e a vivência da cidade com o porto. “Santos também possui relevância histórica e cultural para o país”, afirmou.
E esta não é a primeira vez que Santos entra no roteiro das produções do Estúdio Madalena. Há dois anos, oEncontro de Coletivos Fotográficos Ibero-Americanos, co-realizado com o Sesc, foi o início deste relacionamento. Com uma instalação inovadora, o Estúdio Madalena montou uma ‘cidade’ da fotografia no meio do Emissário Submarino.
E voltaram em 2015 com a exposição Moderna Para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural. Na abertura, houve um bate-papo com Iatã, que foi o curador da mostra, e o professor Rubens Fernandes Jr. Juntos apresentaram este período da fotografia brasileira, na Pinacoteca Benedicto Calixto.Contêineres abrigavam exposições, laboratórios, livraria, era ponto de encontro para os fotógrafos que registraram Santos e a região com seus diferentes olhares. O resultado pôde ser visto em uma das maiores exposições fotográficas na Cidade, no Sesc. Na época, trabalhei com eles na produção do Encontro e pude presenciar um pouco como estas mentes inquietas produzem.
Voltando para este ano, Iatã disse ainda estar tudo em fase embrionária, mas parcerias já surgiram como com a Unimes, e outras tantas conversas com outras universidades, coletivos e fotoclubes já estão sendo realizadas. A intenção é formar uma grande rede de fotógrafos.
Vida longa ao festival!!!
…se depender de Iatã serão pelo menos 10 anos de realização com periodicidade anual…
Fonte> Jornal BoqNews> Diafragma> Nara Assunção