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#ChicotadaNaMídiaUm
É impressionante ver como a mídia brasileira, especialmente os jornalões, defendem uma política exterior alinhada aos Estados Unidos. Alinhada não, submissa, pois curvar-se a ofensiva hegemônica é atitude de vil servilismo.
O Estadão de terça-feira (11/11/14) publica na página editorial dois artigos, um mas surpreendente por ser assinado por Rubens Barbosa na qualidade de presidente do Conselho de Relações Exteriores da Fiesp. A outrora poderosa federação dos industriais paulistas deveria ter um mínimo de senso de sobrevivência, a não ser que já tenham se conformado com ser uma associação de gerentes e executivos. Pois é disso que se trata: continuar liquidando com o parque fabril nacional.
A presidenta Dilma viaja para reunião do G20, os jornalões pregam a correção de rumo, largar o Brics, deixar de abrir novos mercados, extinguir o Mercosul e a Alba para filiar-se a Aliança do Pacífico, ou Alca, que é a mesma coisa. Aproveitar o encontro com Obama para retomar as boas relações com os EUA. O que querem? Que se lhes abram as pernas? Seguramente, pois é precisamente isso que eles gostam de fazer.
Ainda bem que lhe sobra ao governo de Dilma um certo censo de responsabilidade e de respeito à soberania, de confiança no futuro dos povos. É fácil prever o que aconteceria com o Brasil se seguisse a vontade dos jornalões que é o mesmo que seguir as ordens dos Estados Unidos. Basta ver o que está ocorrendo com o Canadá. Virou colônia outra vez. Nem mesmo a televisão é mais canadense. Não passa de um lugar de consumo para a nova metrópole. Ver o que está sucedendo no México que além do desemprego massivo, a violência, o poder do tráfico, esta sendo obrigado a importar até o milho para assegurar o alimento básico a população. É como se o Brasil tivesse que importar farinha de mandioca. E esse será o futuro (importar até a farinha de mandioca) caso o país se submeta aos planos hegemônicos dos Estados Unidos. Como não se dão conta disso? O que é que alimenta tanta servidão?
#ChicotadasNaMídiaDois
A polícia mata seis pessoas por dia no Brasil. Os jornalões noticiam que essa é a média nos últimos cinco anos. E comparam isso com o que ocorre nos Estados Unidos, que apresenta esse mesmo número de assassinatos, onze mil e poucos, num prazo de 20 anos.
Isso num país que é o paradigma da violência para o mundo, o reino dos senhores de todas as guerra. Por que será que ocorre tal chacina no Brasil? Pior que isso considerando que a maioria das vítimas da violência policial é jovem e negra, está mais para genocídio do que para chacina.
É fácil entender o que está acontecendo no Brasil. Se não, vejamos:
- A Justiça é claramente classista. Na escola de magistratura ensinam que o papel do juiz é defender a propriedade. Então, defendem a propriedade do rico (de sua classe, de origem ou aspiração) mesmo quando seja grilada. O direito humano de viver com dignidade não lhes importa assim como não lhes importa o principio constitucional da utilidade social da terra e de um teto.
- Diante do crescimento da insatisfação da população com o modelo de civilização imposto pela ditadura do capital financeiro, concentrador e excludente e ecocida, a resposta está sendo a crescente militarização do Estado.
- A Polícia (assim como todo o corpo repressivo) é extremamente mal preparada, não só como força militar mas principalmente no campo psicossocial. Tal como nossos juízes são o pensar – eles são o braço armado da Justiça nesta guerra permanente do Estado contra a Nação. Sobre isto vejam os documentários sobre a repressão –profissionais e não profissionais- que abundam na web sobre as manifestações populares de junho/julho.