Os brasileiros entraram em uma nova fase de seus protestos contra o governo central do Brasil. Está ficando a cada dia mais entendida a necessidade de mudar o governo federal.
Bolsonaro, um presidente que foi capitão do Exército brasileiro se mostrou durante estes dois anos de mandato que não é um estadista. Não tem os predicados que o tornariam uma liderança capaz de pacificar o País e se articular em relação positivas no âmbito internacional. Ou seja, não está preparado para as ações internas ao País e muito menos para as externas.
Pior do que isso, o governo Bolsonaro não adotou medidas sanitárias para um verdadeiro enfrentamento da pandemia. A cada dia se contaminam e morrem milhares de pessoas. Algo inusitado, fora das piores expectativas das pessoas mais pessimistas quanto aos atos de um governo despreparado.
Pior, quanto às medidas sanitárias é certo se concluir que não há um governo despreparado, mas um governo que busca a tal “imunização de manada, de rebanho”.
Ou seja, precisa contaminar cerca de 70% da população para gerar a tal imunização. Contudo, sabe-se que com as medidas sanitárias usadas, quantas mais pessoas se contaminam, aumenta em larga escala o número de óbitos.
Por isso o Brasil chegará rapidamente às 500 mil mortes de seres humanos (pais, mães, filhos, netos, demais parentes e amigos). Um morticínio que ultrapassa qualquer nível da compreensão para pessoas que gozam de consciência nos padrões da normalidade. Completamente catastróficos estes números quando comparados com outros países onde as medidas sanitárias foram e são mais adequadas.
Sabe-se que as medidas do tal “kit prevenção” são ineficazes. Não combatem a doença. Sabe-se que a única maneira disponível para imunização das pessoas contra o covid19 é a vacinação.
Daí a necessidade de investir abruptamente na produção de vacinas e em sua aplicação para todas as pessoas que oferecem condições para tal adoção. O Brasil pelo SUS é um País de excelência nos processos de vacinação.
A cada dia que passa, a população brasileira vai tomando maior consciência da “negacionista” política sanitária adotada pelo governo brasileiro. Suas lideranças principais ficam muito complicadas quando respondem às perguntas efetuadas pelos Senadores na CPI da Pandemia, do Covid19.
Assim vai se desmontando a farsa do governo Bolsonaro.
Mariane Barbosa
Pelas manifestações, fica explicito o que as ruas têm a dizer para o governo federal: "Vacinas no braço, Comida no Prato e Fora Bolsonaro!"
A política macroeconômica adotada demonstra o aumenta do número de desempregados e de famílias que não possuem condições para adquirir os mínimos alimentos de sobrevivência. O salário mínimo que sempre foi mínimo tem sido ainda mais rebaixado em sua capacidade de manutenção das pessoas e seus familiares. Em contra posição, os setores financeiros e corporativos continuam se enriquecendo.
Temos nestes momentos um país de muitas pessoas que estão em indigência, enquanto os setores de bilionários continuam ganhando muito dinheiro.
A educação é atacada com medidas autoritárias e cortes orçamentários.
Por óbvio, esse ataque contra a população está se refletindo nas reações que começam a ganhar corpo. No sábado dia 29 de maio centenas de milhares de pessoas saíram às ruas para exigir “vacina no braço, comida na mesa e fora Bolsonaro”.
Pelas manifestações de ruas e praças, fica explicito que as ruas têm o que dizer para Bolsonaro e seu governo: Basta de mortes e miséria!!! “Vacinas no braço, Comida no Prato e Fora Bolsonaro”.
Replicando as ruas e praças: “quando as pessoas se manifestam nas ruas significa que o governo é composto por pessoas e práticas mais letais do que o vírus”.
A falta de cobertura da chamada “grande mídia” me lembrou os tempos das lutas democráticas pelas Diretas, Já. Os canais de televisão abertos só passaram a divulgar quando o assunto estava no auge.
Certamente no caso do Fora Bolsonaro, somente a partir de agora, para não se comprometer ainda mais, os Canais de TV Aberta e CNN não terão outra escolha a não ser mostrar a realidade.
O povo, rompeu com o silêncio, cansou de sofrer e vai para as ruas e praças, apesar dos riscos sanitários. Certamente, mantendo os cuidados de uso das máscaras e adotando um distanciamento físico possível. Muito diferente do que acontece com as agora diminutas manifestações a favor de Bolsonaro.
Como disse o saudoso geógrafo Milton Santos, temos uma globalização dos passivos e dos ativos.
Os passivos são aqueles que desejam manter tudo como está, piorando a cada dia para os empobrecidos e oprimidos, mas enriquecendo ainda mais os setores bilionários ejá enriquecidos.
Mas, o Brasil ativo estava como no dizer de Hegel, silencioso, mas corroendo por dentro a ferida, aparentemente cicatrizada. Agora a ferida estuporou e não haverá mais controle para os atuais “donos do poder”. Terão que reconhecer que os verdadeiros donos do poder são os oprimidos.
E que as forças progressistas não venham com acordos por cima, esquecendo-se dos interesses da população sofrida. Essa é a parte da sociedade que precisa se tornar protagonista das transformações políticas, ambientais, econômicas.
O Brasil tem que ser efetivamente de seu povo e a ele deve respeito. Não apenas governar em seu nome. Mas, o governo tem que ter participação ativa da população subalternizada, dos povos escravizados, dos jovens oprimidos, das mulheres discriminadas.
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