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Policiais militares atuam contra manifestantes no Rio de Janeiro, em 19/10/2024 (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A quem interessa a divisão do povo e a negação do socialismo?

Derrotar o capitalismo e o imperialismo e conquistar a soberania e a autodeterminação dos povos nunca será obra dos céus ou dos deuses
Pedro César Batista
Pradva
Moscou

Tradução:

Diariamente acompanhamos os mais variados crimes continuados em curso, praticados pelo imperialismo que usa os sionistas, fascistas, nazistas, com intenso apoiado midiático e das plataformas, os quais contam com a complacência de setores populares que se afastam cada vez mais das lutas gerais e específicas da classe trabalhadora e da maioria do povo, tornando-se quinta-coluna dos governos serviçais dos EUA.

Desde a fundação da organização sionista como um Estado, a partir de 1948, as terras palestinas vêm sendo roubadas e seu povo dizimado. A partir da resposta dada pela resistência, em outubro de 2023, os ataques cresceram de maneira nunca vista na história, nem mesmo durante o período hitlerista. Um extermínio diário, visto por vídeos e materiais que circulam, que já matou milhares de crianças e mulheres. Neste momento, bairros residenciais inteiros de Beirute estão sendo bombardeados pelos criminosos de guerra, repetindo os ataques realizados em Gaza, com o apoio e financiamento dos EUA, França, Alemanha e outros governos fascistas. A mídia hegemônica segue mentindo e apoiando o genocídio, o extermínio e a destruição.

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A mais profunda e longa crise econômica que o capitalismo enfrenta faz com que inúmeros governos, inclusive alguns ditos progressistas, passe a atuar como agentes da burguesia internacional, impondo o arrocho e ajuste fiscal a serviço dos bancos e dos parasitas que controlam as riquezas, a comunicação e tecnologia. Enquanto se faz discursos contra a fome, enfrentada por políticas assistenciais paliativas, em todo o mundo capitalista aumenta a multidão que vive de restos recolhidos no lixo, a circulação de pessoas entre países em absoluta insegurança e desespero em busca do mínimo de garantias, seja devido à fome, ao desemprego ou às guerras financiadas por governos liderados pelos EUA.

A soma dos recursos financeiros que se investe em armas e na morte dos povos é gigantesca, enquanto o que se promete para combater as desigualdades são ínfimas. As plataformas controlam mentes, corações e manipulam massas com a liberdade que os magnatas possuem, sem controle, sem regras, sem ética ou moral, de forma perversa e desumana.

A Otan e o Comando Sul atacam a soberania dos povos. Na Ucrânia, depois do golpe de 2014, as forças nazistas, treinadas e organizadas pelos governos ocidentais, seguem de forma insana alimentando uma guerra contra a Rússia

Palestina e Líbano sofrem os ataques com armas de destruição em massa, o Irã segue sendo ameaçado e atacado, a Síria bombardeada. Na América do Sul, os EUA seguem acreditando que a região lhe pertence, um quintal onde podem retirar riquezas, colocar e derrubar governos. Usam a propaganda e seguem praticando uma permanente guerra contra os povos no mundo.

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Ainda assim, as classes trabalhadoras não se mobilizam, não se coesionam, não se organizam. Isto nunca será obra dos céus ou de deuses inexistentes, somente poderá ocorrer com o permanente trabalho de agitação, propaganda e organização revolucionária, negado por setores que ainda se autointitulam como esquerda. O que importa é iniciar a campanha para a próxima eleição, utilizando-se dos mesmos e carcomidos métodos das oligarquias, formando clientelas e abusando da demagogia.

Povos em luta

Cuba, Venezuela, Nicarágua, Irã, República Popular Democrática da Coreia (RPDC) e outros povos que romperam com a dominação colonial e imperialista sofrem todos os tipos de ataques, propagandísticos, militares, políticos, econômicos e cruéis bloqueios que impedem até a chegada de medicamentos, como é o caso da Ilha Rebelde. 

Esses povos resistem com coragem, ousadia e ensinam aos trabalhadores e povos de todo o mundo que é possível derrotar a burguesia e o imperialismo. Por isso são tão atacados, violentados e sabotados, inclusive por pretensos intelectuais que dizem defender a soberania e autodeterminação dos povos.

Não é possível a passividade, a covardia, a traição e o oportunismo deixarem de ser combatidos. Estas posturas são como frutas podres, contaminam o povo e dividem a luta anti-imperialista, anticapitalista e em defesa do socialismo (também negado por alguns que se dizem de esquerda). 

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Nunca na história da humanidade o opressor e explorador colonialista e imperialista concederam direitos ou possibilitaram que a unidade dos explorados se desenvolvesse. Dividir, confundir e mentir são ações contumazes dos inimigos da paz e da justiça. A luta dos povos e trabalhadores sempre foi a garantia do avanço rumo à dignidade humana. Exemplos não faltam. Sandino e seu pequeno exército expulsaram os marines da Nicarágua.

A Nicarágua não se rende; os vietcongs resistiram e venceram, expulsaram os franceses e os EUA; os palestinos enfrentam uma máquina assassina, apoiada pelas grandes potências e seguem de pé e em combate (vencerão!); Cuba resiste ao mais longo bloqueio imposto a um povo na história; o exemplo do Exército Libertador, comandado por Simón Bolívar, segue animando e fazendo avançar a revolução Bolivariana, retomada pelo Comandante Hugo Chávez. Assim, tantos povos seguem em luta, o que aumenta a violência do imperialismo, que se utiliza do sionismo, do fascismo e do nazismo, como sempre fizeram quando estão sendo derrotados e vivem sua permanente crise. 

O capitalismo é um sistema que comprovadamente não serve aos interesses dos povos de todo o mundo, é um cadáver que se sustenta como um zumbi saqueando, destruindo, roubando e matando por todo o planeta. 

Diante desse quadro, a quem interessa dividir os trabalhadores se não à classe dominante? A quem interessa negar às lutas vitoriosas de tantos povos? A quem interessa apagar as referências históricas dos lutadores e mártires dos povos? A quem interessa ter bons gestores do sistema, que dão uma sobrevida ao capitalismo? A quem interessa negar o socialismo?


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Pedro César Batista Jornalista, escritor e dirigente do Comitê anti-imperialista.

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