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Em visita ao STF – Supremo Tribunal Federal, o economista, empresário e atual presidente do Chile, Sebastián Piñera, indagou, em tom descontraído, “a quem se poderia recorrer quando a Corte falha em suas decisões”.
Chicotadas*
A pergunta causou breve desconforto entre os ministros do STF presentes ao encontro – além de Cármen Lúcia, os ministros Dias Toffoli e Edson Fachin –, mas foi logo respondida pelo próprio Piñera: “À instância suprema”, disse, apontando para cima, em referência a Deus.
Em seguida, Fachin observou que, no Brasil, em última instância, acredita-se que cabe à sociedade fazer o escrutínio das decisões do Supremo, ao que Piñera novamente indagou: “Mas pode a sociedade revogar decisões da Corte?”, rindo em seguida. A pergunta ficou no ar, sem resposta.
Piñera demonstrou grande interesse sobre o funcionamento da Justiça brasileira e em especial do STF. Logo ao chegar, ele disse que alguns julgamentos recentes do Supremo brasileiro chegaram a ser transmitidos ao vivo pela TV chilena. Fazendo talvez uma referencia à Chilevisión, canal de televisão transmitido nacionalmente do qual é proprietário.
A seguir Piñera recebeu algumas explicações da Ministra Cármen Lúcia, que ressaltou o grande número de processos a cargo do Supremo. Após isso, o presidente chileno despediu-se e arrematou: “Com 75 mil processos ao ano, sinto-me mal em tomar seu tempo”, disse Piñera, antes de pedir licença.