Perseguição política, medo de sair às ruas, tortura. Esses são os temores de Amelinha Telles, de 74 anos, com a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PSL). A militante foi presa e torturada na ditadura militar junto ao marido, Cezar Augusto Teles, no Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi), em 1972.
![Torturada pelo coronel Ustra, que a mostrou urinada e espancada aos filhos, Amelinha se diz perplexa com a eleição de um "capitão" apoiador da tortura](https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/wp-content/uploads/2023/10/f7f4934a-3a26-46c4-9390-725170c24676.png)
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Amelinha Telles
O torturador, conforme a Justiça brasileira definiu o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, levou os dois filhos de Amelinha para vê-la espancada, vomitada e urinada. Em plena democracia e após mais de sete décadas de vida, ela se diz perplexa, já que nunca imaginou temer a volta daquele momento e na possibilidade de a tortura retornar como política de Estado.
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Revisão e edição: João Baptista Pimentel Neto