Na tarde do domingo (21), brasileiros e mexicanos realizaram na Cidade do México grande ato em prol da democracia no Brasil e em apoio ao candidato à presidência, o progressista Fernando Haddad (PT). Haddad, 55 anos, disputa o 2º turno das eleições presidenciais brasileiras com o candidato da extrema direita, Jair Bolsonaro (PSL), 63 anos.
Intitulado “Solidariedad Internacional contra el Fascismo” e organizado por residentes e por entidades representativas brasileiras e mexicanas, entre elas o Colectivo Regina de Sena México-Brasil contra o Golpe, o encontro teve como local escolhido um dos símbolos históricos e turísticos da Cidade do México: o monumento ao “El Ángel de la Independencia”. Cerca de 300 pessoas participaram do ato. Que já pode ser considerado um dos maiores do gênero já realizado pela comunidade brasileira naquele país.
Pressenza.com / “Colectivo Regina de Sena México-Brasil contra o Golpe”
Cerca de 300 pessoas participaram do ato
Durante as atividades foram apreciados discursos denunciando a escalada do neofascismo no Brasil, representada pela candidatura de Bolsonaro, e o perigo que isso representa às democracias na América Latina. Também ocorreram apresentações culturais. Entre as quais, de grupos de capoeira, que homenagearam Mestre Moa do Katendê. O capoeirista que, então com 63 anos e considerado um dos maiores mestres do estilo Angola do Brasil, foi assassinado com doze facadas pelas costas por um bolsonarista no último dia 7 de outubro, em Salvador (BA).
Além do apoio do internacionalmente reconhecido ator jalisciense, Gael García Bernal, que chegou a divulgar o ato em sua conta no Twitter com os dizeres e as hashtags “Mañana y siempre: #ELENÃO, #ÉLNO #ELENUNCA”, a manifestação também recebeu a presença de inúmeras entidades e personalidades mexicanas e internacionais. Consolidaram presença, entre outros, o Sindicato Nacional Mexicano de los Trabajadores Mineros, Metalurgicos, Siderurgicos y Similares e a Nueva Central de Trabajadores. Entre os apoiadores também estavam a CUP (Candidatura da Unidad Popular), da Catalunha, e o escritor e ativista paquistanês Tariq Alí.