Pesquisar
Pesquisar

Angela Davis convoca o mundo a se opor ao intervencionismo na Venezuela

"Pergunto-me o que dirão os estadunidenses se autoridades de outro país dissessem quem tem que ser o presidente legítimo dos Estados Unidos"
Redação Prensa Latina
Prensa Latina

Tradução:

A lutadora e acadêmica estadunidense Angela Davis convocou a todos no mundo a que se levantem e exijam o fim das tentativas de intervenção na Venezuela.

Denunciou a pretensão de subverter a eleição de Nicolás Maduro e que “para além das críticas que possamos ter” a realidade é que é o legítimo presidente eleito da Venezuela, para descartar uma autoproclamação contrária.

“Pergunto-me o que dirão os estadunidenses se autoridades de outro país dissessem quem tem que ser o presidente legítimo dos Estados Unidos”, afirmou Davis durante uma conferência proferida na sede da central sindical uruguaia Pit-Cnt.

Acrescentou que não lhe resta dúvidas de que “no centro deste impulso intervencionista está o controle do petróleo venezuelano, insistindo que 'sabemos que existem planos para privatizar o petróleo da Venezuela”.

"Pergunto-me o que dirão os estadunidenses se autoridades de outro país dissessem quem tem que ser o presidente legítimo dos Estados Unidos"

Prensa Latina
A acadêmica estadunidense Angela Davis

Em um resumo de sua estadia no Uruguai, relatou que teve um “jantar muito emocionante” com o ex-presidente José Mujica, e considerou este encontro “um dos pontos altos” de sua visita porque a ligou com o momento que seguia os Tupamaros naquela época dos anos de 1970, desde os Estados Unidos, recordou.

Davis celebrou também ter conhecido os quatro pré-candidatos presidenciais da Frente Ampla, o sindicalista comunista Oscar Andrade, a ex-ministra da Indústria, Carolina Cosse, o intendente de Montevidéu, com licença eleitoral, Daniel Martínez, e o ex-presidente do Banco Central, Mario Bergara.

Depois de refletir sobre a importância dos movimentos sociais “a partir das bases para conseguir as mudanças de consciência” e nas relações poder, destacou a apresentação do Plano Nacional de Equidade Racial e Afrodescendência como meta para prosseguir lutando contra o racismo no Uruguai.

A filosofa e professora emérita foi convidada a participar nesse ato pela ministra de Desenvolvimento Social, Marina Arismendi, e depois proferiu uma primeira conferência com o teatro lotado, recebeu a distinção de Visitante Ilustre de Montevidéu e o título Doutora Honoris Causa da Universidade da República em uma concentração em massa.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Redação Prensa Latina

LEIA tAMBÉM

José Carlos Mariátegui
94 anos sem Mariátegui, fonte eterna para entender as cicatrizes do Peru e da América Latina
Equador_Noboa_plebiscito 2
Plebiscito no Equador: povo rechaça modelo "ultraliberal" proposto por Noboa
Colômbia_Acordo_de_Paz
Descumprimento de acordos coloca em risco processo de paz na Colômbia
Sem títulodsads
Venezuelanos vão às urnas para decidir onde e como aplicar orçamento público