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Guaidó tenta novo golpe na Venezuela; governo convoca mobilização e Forças Armadas

Caracas amanheceu sob novo ataque de opositores para tomar o poder; governo garante que levante está sendo controlado
Redação Brasil de Fato
Brasil de Fato
Caracas

Tradução:

Antes das 6h, o deputado Juan Guaidó divulgou em sua conta no Twitter um vídeo em que aparece ao lado de Leopoldo López, condenado à prisão domiciliar por incitação à violência, supostamente liderando um levante militar na Base Aérea de La Carlota, em Caracas. Guaidó aparecia em frente a um pequeno grupo de soldados uniformizados, convocando simpatizantes e a “família militar” a “tomar definitivamente as ruas da Venezuela” e iniciar a “parte final da Operação Liberdade”.

O chefe do Ministério da Defesa, Vladimir Padrino, respondeu rapidamente, também através do Twitter, informando que a Força Armada Nacional Bolivariana “se mantém firme na defesa da Constituição Nacional e suas autoridades legítimas”. Padrino assegurou que todas as unidades militares do país se encontram controladas.

O ministro de Comunicação, Jorge Rodríguez, informou que as forças do governo estavam enfrentando e desativando “um reduzido grupo de militares” que se posicionaram na Distribuidora Altamira – local que se caracterizou por ser um ponto de concentração de opositores nos últimos anos. Circulam na internet imagens da força nacional atirando bombas de gás lacrimogênio para dispersar as guarimbas (protestos violentos) opositoras.

O presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, em seguida, afirmou em comunicado oficial que a base de La Carlota não havia sido tomada. “São os mesmos golpistas de sempre, nós defenderemos a Constituição e a Revolução”, asseverou.

Caracas amanheceu sob novo ataque de opositores para tomar o poder; governo garante que levante está sendo controlado

Foto: Prensa FANB
As Forças Armadas se pronunciaram em defesa da Constituição e rechaçam tentativa da oposição tomar o poder pela via da violência

Um chamado a Miraflores

Cabello também convocou todo o povo da Venezuela, os motorizados, coletivos, brigadistas que se concentrem em Miraflores – onde está a sede da presidência – “para defender a revolução”.

Rapidamente, outros chefes de Estado se manifestaram em defesa da Venezuela. 

“Condenamos energicamente a tentativa de golpe de Estado na Venezuela, por parte da direita que é submissa a interesses estrangeiros. Estamos seguros que a valorosa Revolução Bolivariana liderada pelo irmão Nicolás Maduro, se imporá contra esse novo ataque do império”, tuitou o presidente Boliviano Evo Morales.

O presidente de Cuba Miguel Díaz-Canel Bermúdez também se pronunciou: “Nós rejeitamos esse movimento golpista que visa encher o país de violência. Os traidores que se colocaram na linha de frente desse movimento subversivo usaram tropas e policiais com armas de guerra em uma via pública na cidade para criar ansiedade e terror.”

*Colaborou Michele de Mello, de Caracas

 

Edição: Rodrigo Chagas


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Redação Brasil de Fato

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