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Alberto Fernandez: “A única coisa que Macri produziu foram 4,5 milhões de pobres”

“Um em cada dois meninos de 14 anos está em condições de pobreza. Nascemos para defender essas pessoas”
Rafael Duarte
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São Paulo (SP)

Tradução:

Diante de uma multidão que encheu o Monumento à Bandeira da cidade de Rosário, a Frente de Todos realizou o encerramento de campanha na quarta-feira (8). Em um palco que contou com a presença de governadores, governadores eleitos e candidatos, Cristina Fernández de Kirchner e Alberto Fernández prometeram voltar a “pôr a Argentina em pé, como fizemos com Néstor em 2003”.

Depois de um breve discurso da candidata a vice-presidente, foi a vez do postulante à presidência Alberto Fernández agradecer a Cristina Kirchner por liderar a chapa:

“A melhor coisa que me aconteceu com Cristina é que recuperamos rapidamente o amor e o carinho que sempre tivemos como amigos”, disse ele: “Porque na realidade, também tinha acontecido com nós o que aconteceu com muitos argentinos: que a política nos distanciou e um dia percebemos que nossa distância só favoreceu a instalação na Argentina desta dolorosa realidade que vivemos hoje” disse Alberto.

“Um em cada dois meninos de 14 anos está em condições de pobreza. Nascemos para defender essas pessoas”

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Cristina Fernández de Kirchner e Alberto Fernández prometeram voltar a “pôr a Argentina em pé

No próximo domingo (11), os argentinos vão às urnas nas eleições primárias dos partidos. Ao todo, 11 partidos se inscreveram para as primárias. Cada sigla tem apenas um pré-candidato. Os vencedores das primárias disputam a sucessão de Maurício Macri em 27 de outubro. Macri concorrerá à reeleição e deve ter como principal adversário Alberto Fernandez, ex-chefe de gabinete das gestões Nestor Kirchner e da própria Cristina Kirchner, atual senadora e que concorrerá na chapa de Fernandez como candidata à vice-presidenta

Em outro fragmento, ele afirmou que “a única coisa que Macri produziu é 4 milhões e meio de pessoas pobres e é isso que a Argentina não aguenta mais, até onde vamos chegar?”, perguntou Fernández antes de seguir com o raciocínio: “um em cada dois meninos de 14 anos está em condições de pobreza. Nascemos para defender essas pessoas, para dar dignidade àqueles que são deixados de fora”.

Também apontou: “Eu não venho falar sobre política, venho falar sobre valores. Que sociedade podemos ter se vivemos em uma sociedade que abandona seus avós, na qual os empregos estão caindo e não nos importamos?”.

“Meu maior desejo é que qualquer menino nascido em qualquer latitude da Argentina, esse menino não pense que ele tem que ficar longe de seu lugar, porque em sua cidade ele não tem oportunidades”, prometeu o pré-candidato a presidente da Frente de Todos.

Alberto Fernández: “É uma indecência a Argentina que eles têm criado”.  

Anteriormente, a ex-presidenta fez um breve discurso no qual valorizou a unidade dos que compõem a Frente de Todos. “Fomos capazes de entender que era necessária a união de todos os setores que acreditamos que uma Argentina diferente é possível”, disse Cristina Kirchner: “Eu acho que talvez se olharmos retrospectivamente para a história recente dos anos que se passarampoderemos advertir claramente como eles foram pouco a pouco nos dividindo, enfrentando-nos, para finalmente chegar ao governo para fazer isso que ninguém realmente esperava, nessa profundidade de maltrato“.

Olhando para o futuro, Cristina afirmou que “o que está por vir não é fácil” e explicou: “Nenhum líder político dorme nas ruas nem as suas famílias. Nenhum, seja do partido que for, fica sem trabalho, nem come uma vez por dia, ou não pode comprar remédios. Quem passa essas coisas e essas penúrias é o povo, então os dirigentes têm uma obrigação moral, ética e democrática de pôr fim a esta situação ”.

Antes de concluir, Cristina assinalou: “Se apesar de tudo, ainda estou de pé, é pelo amor de vocês. É recíproco, é irrenunciável, é insubornável ”, disse olhando para a multidão que cantou seu nome. Finalmente, a senadora da Unidade Cidadã afirmou: “Precisamos que em 10 de dezembro haja outro governo na República Argentina e que seja o presidente Alberto Fernández que tenho certeza de que vai desenvolver uma tarefa esplêndida, como ele fez quando acompanhou Néstor ”, concluiu.

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Rafael Duarte

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