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ToggleA tarde da última terça-feira (05) foi marcada por um anúncio esperado e odiado por muitos: a Assembleia Nacional venezuelana iniciou um novo período legislativo longe do domínio da oposição liderada por Juan Guaidó. Anterior à vitória do chavismo, o Parlamento era o único dos três poderes que não era governado pelos aliados de Maduro.
Como uma tentativa de — mais uma vez — desconhecer o resultado das eleições, Guaidó tomou posse como presidente de uma Câmara paralela, apoiado por meia dúzia de seguidores. A própria União Europeia, que assim como os Estados Unidos era uma forte defensora do autoproclamado presidente, anunciou que não irá mais reconhecê-lo para o cargo.
Nesta terça, o jornal estadunidense Washington Post denunciou que Guaidó estaria envolvido em um esquema de corrupção envolvendo cerca de US$ 40 bilhões em ações de empresas, carros e casas de luxo, além de subornos e propinas.
Reprodução Twitter Nicolas Maduro
A Assembleia Nacional venezuelana iniciou um novo período legislativo longe do domínio da oposição liderada por Juan Guaidó.
Nova assembleia
A despedida da oposição no Parlamento coincide com a não reeleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos. Sob seu mandato, a Casa Branca impôs duras sanções financeiras à estatal de petróleo PDVSA como tentativa de tirar Maduro do poder.
Para marcar o fim dos cinco anos comandados pela oposição, os 277 novos deputados do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) marcharam em direção ao Palácio do Legislativo levando fotos do ex-presidente Hugo Chávez e do libertador e fundador do país, Simón Bolívar.
O presidente da nova Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, proclamou que haverá reconciliação, mas não esquecimento. “Não pode haver perdão com esquecimento, não pode haver reconciliação com amnésias”, afirmou ao lembrar das tentativas da oposição de fragilizar o governo e o povo venezuelanos.
Iris Varela e Didalco Bolívar, conhecidas figuras do chavismo, assumem a diretoria da Assembleia, que terá como responsabilidade primeira contornar a crise econômica que assola o país e resolver as questões problemáticas que envolvem o abastecimento de água, luz e gasolina.
* Beatriz Contelli é estudante de jornalismo e colabora com a revista Diálogos do Sul
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