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Enquanto tiroteios massivos aumentam pelo país, EUA têm aderido a fuzilamentos na execução de penas de morte

Anistia Internacional e outros grupos de direitos humanos qualificam a pena de morte como castigo cruel e desumano
David Brooks
Diálogos do Sul
Nova York

Tradução:

Pela escassez dos ingredientes – e a relutância das farmacêuticas a proporcioná-los – para o coquetel letal que se havia empregado para executar por injeção os condenados a morte, o governo estatal da Carolina do Sul adotou uma lei que obriga àqueles que tem encontro oficial com a morte em optar entre a cadeira elétrica de 109 anos ou um pelotão de fuzilamento. Diante de tal liberdade de opção, dois réus acusaram o estado argumentando que essas opções são inconstitucionais. 

Os pelotões de fuzilamento agora são uma opção disponível em outros três estados: Utah, Oklahoma e Mississippi. Alguns argumentam que é melhor que a cadeira elétrica, já que consideram esse método como tortura.  

Anistia Internacional e outros grupos de direitos humanos qualificam a pena de morte como castigo cruel e desumano

Reprodução: Pixabay
Cadeira eletrica é uma das opções de execução existentes

Nos Estados Unidos, 27 estados, o governo federal e as forças armadas ainda mantêm a pena de morte. Foi executado no país um total de 1.533 pessoas desde 1976, embora o número de execuções tenha caído nos anos recentes (17 em 2020, 4 até esta data em 2021). A Anistia Internacional e outros grupos de direitos humanos qualificam a pena de morte como castigo cruel e desumano.  

Por falar em morte violenta, com o registro de 12 tiroteios massivos (definidos como incidentes em que quatro ou mais pessoas são feridas ou assassinadas por armas de fogo) neste fim de semana em oito estados diferentes, os Estados Unidos já têm 230 destes incidentes só em 2021.  

Mais de 7.600 pessoas foram assassinadas por armas de fogo este ano, e outras 9.500 usaram armas de fogo para se suicidar. Segundo o Gun Violence Archive, há um incremento de 23 por cento em violência com armas neste ano. 

Dizem que é um país “avançado” e até “civilizado”.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
David Brooks Correspondente do La Jornada nos EUA desde 1992, é autor de vários trabalhos acadêmicos e em 1988 fundou o Programa Diálogos México-EUA, que promoveu um intercâmbio bilateral entre setores sociais nacionais desses países sobre integração econômica. Foi também pesquisador sênior e membro fundador do Centro Latino-americano de Estudos Estratégicos (CLEE), na Cidade do México.

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