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Argentina: sem Kirchner e Fernández, quem vai representar a Frente de Todos?

Há pelo menos seis nomes que aspiram a candidatura à presidência para as eleições, que acontecem em outubro
Redação Página 12
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Buenos Aires

Tradução:

A vice-presidenta Cristina Fernández de Kirchner confirmou nesta terça-feira (16) à tarde, enquanto se realizava o congresso do Partido Justicialista (PJ) convocado para definir a estratégia eleitoral, que não será candidata a presidente nas próximas eleições.

“Já disse em 6 de dezembro de 2022. Não vou ser mascote do poder por nenhuma candidatura. Dei mostras, como ninguém, de privilegiar o projeto coletivo em detrimento de interesses pessoais“, ressaltou a titular do Senado em uma carta publicada em seu site.

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Depois do recente anúncio de Alberto Fernández, em que afirmou que tampouco pleiteará a reeleição, volta a atualizar-se a lista de dirigentes da Frente de Todos que poderiam encabeçar a chapa para presidente do país.

“Diante desta situação torna-se imprescindível – mais do que nunca – a construção de um programa de governo que volte a encantar os argentinos e as argentinas, a convencê-los de que um país melhor não só é possível como desejável”, refletiu a ex-mandatária. Agora, quais são os nomes viáveis para competir no espaço oficialista?


Eduardo “Wado” de Pedro

Da ala kirchnerista, e com um vínculo mais fluido com o entorno presidencial, um dos nomes mais mencionado é o do Ministro do Interior, Eduardo “Wado” de Pedro.

Em vários encontros com governadores e dirigentes do interior, o funcionário reiterou a famosa frase da vice-presidenta ao opinar que há “funcionários que não funcionam”. Também propôs detalhes de um plano de desenvolvimento produtivo esboçado com os governadores, assim como a proposta de um projeto de produção com emprego de qualidade.

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“É um passo necessário para começar a ordenar o peronismo, dar-lhe vitalidade e voltar a sonhar”, disse Wado de Pedro em Santiago del Estero semanas atrás.

Há pelo menos seis nomes que aspiram a candidatura à presidência para as eleições, que acontecem em outubro

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A lista de líderes dentro da Frente de Todos que poderiam liderar a corrida para se tornar presidente do país está novamente atualizada

Daniel Scioli

Outro dos dirigentes do oficialismo que anteciparam que poderiam concorrer às eleições de 2023 é Daniel Scioli.

O embaixador argentino no Brasil disse semanas atrás que tem vocação para disputar a indicação da Frente de Todos. De fato, dias atrás reuniu-se com a intendente de Quilmes, Mayra Mendoza, uma das líderes de La Cámpora.

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Além disso, Scioli um foi dos primeiros a se inscrever na corrida presidencial no interior da Frente de Todos. “As pessoas entenderam e eu entendo as pessoas. Aqui estou. Contem comigo. Minha definição é que serei pré-candidato porque é preciso atravessar as PASO e  respeitar a vontade popular”, sintetizou Scioli um tempo atrás.

Sergio Massa

Sergio Massa é outro nome recorrente: o atual ministro da Economia é o líder da Frente Renovadora e peça chave durante toda a gestão. Ao assumir a complicada pasta da Fazenda esclareceu para empresários que não concorreria à Presidência em 2023. 

No entanto, com o correr dos meses e a baixa imagem positiva de Alberto Fernández, os rumores de uma possível candidatura presidencial ganharam cada vez mais força, ao mesmo tempo que sua figura se encontra no meio das críticas e da desaprovação pela alta inflação (que chegou a 8,6 ao mês em abril) e as medidas econômicas que não ajudam a combater o mencionado cenário.

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Começou como Presidente da Câmara de Deputados e foi um articulador chave entre Alberto e Cristina. Apesar dos rumores, o titular da Fazenda sempre desmentiu seu desejo de ser candidato e, assim como o mandatário, explicou que sua prioridade é desarticular as bombas que explodem na Economia.

Axel Kicillof

O atual governador da província de Buenos Aires e ex-ministro da Economia durante o governo de Cristina Kirchner foi um nome descartado no começo do ano eleitoral, mas voltou à tona em função da possível desistência definitiva da vice-presidenta.

No entanto, e apesar da ideia de vários dirigentes do oficialismo que o veem como um candidato viável, Kicillof teria decidido pleitear a reeleição como governador da Província.

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Um homem que fez parte de sua administração, o agora deputado nacional Daniel Gollan, declarou em diálogo com AM750: “A Província necessita de quatro anos mais para deixar mudanças que sejam estruturais. Avançou-se muitíssimo. É preciso avançar muito mais. Axel é um quadro político e um enorme gestor”.

Agustín Rossi

Outro possível candidato que vem do entorno presidencial é o recém chegado Chefe de Gabinete, Agustín Rossi. O ex-chefe do bloco de Deputados da Frente para a Vitória começou no governo atual como ministro da Defesa.

Depois, nas eleições de 2021 foi candidato a senador por Santa Fé e retornou, meses mais tarde, como titular da Agência Federal de Inteligência (AFI) para substituir a interventora interina Cristina Caamaño.

Rossi é um homem próximo ao presidente, mas com bons vínculos com a vice-presidenta.

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Juan Grabois

Enquanto isso, quem já lançou formalmente sua candidatura foi o dirigente da Frente Pátria Grande, Juan Grabois. O homem da União de Trabalhadores da Economia Popular (UTEP) assumiu, depois do orientação da vice-presidenta, o “bastão de marechal” e se inscreveu nas eleições internas com a consigna “Argentina Humana”.

Grabois tem um perfil bastante crítico sobre a gestão de Alberto Fernández, a ponto de considerá-lo um mandatário “medíocre, outro frouxo, outro covarde”.

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A declaração de Grabois foi dada, justamente, durante um ato em que estava acompanhado pelo governador de Buenos Aires, Axel Kicillof. E embora em seu discurso, no contexto da apresentação de seu livro Los Peores. Vagos, ocupas, chorros e violentos, assegurou que o economista tem que “bancar a parada” em Buenos Aires.

Redação | Página/12
Tradução: Ana Corbisier


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