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Vanessa Martina-Silva: Cenário na Argentina é incerto, mas Massa pode vencer 1º turno

Jornalista está no país para cobrir eleições e, em entrevista à TV Fórum , sobre as expectativas para este domingo (22)
Sonia Maria
Diálogos do Sul Global
São Paulo (SP)

Tradução:

“É um cenário de incerteza, muitos desdobramentos possíveis, mas o que é certo é que será muito difícil para qualquer candidato, inclusive o vencedor, governar o país efetivamente. É um cenário muito fragmentado”, afirma Vanessa Martina-Silva, jornalista da ComunicaSul, sobre as eleições na Argentina.

Ela está no país vizinho para cobrir a disputa e nesta quinta-feira (19) participou de um debate na TV Fórum para falar sobre as expectativas do primeiro turno, que acontece neste domingo (22).

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“Vale a pena destacar que na Argentina há uma politização e uma mobilização muito grande”, explica Martina-Silva. Por isso, apesar do susto nas prévias, em agosto, o progressismo retomou o engajamento para fazer Massa crescer.

Uma das táticas de seu partido, o União Pela Pátria, é conscientizar a população sobre os impactos do voto nulo, pedindo que, caso não gostem de nenhum candidato, que não vá às urnas.

Leia também: Argentina vive disputa ideológica entre fascismo e direitos conquistados, diz deputada

Segundo Martina-Silva, há real possibilidade de que as articulações deem resultado e Massa vença as eleições: “Pode haver um fenômeno, e vai ser muito importante para a esquerda no segundo turno se isso acontecer”, diz.

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Jornalista está no país para cobrir eleições e, em entrevista à TV Fórum , sobre as expectativas para este domingo (22)

Imagem: Captura de Tela/TV Fórum
“Se tirarmos toda a excentricidade do Milei, o discurso é o mesmo", diz Vanessa Martina-Silva sobre Milei e Bullrich

Questionada sobre o que esperar do segundo turno, a jornalista explica que numa eventual contenda entre Massa e Milei, é mais provável que os votos de Bullrich vão para o candidato fascista:

“Se tirarmos toda a excentricidade do Milei, todos os absurdos e falas de extrema-direita, o discurso é quase o mesmo”, observa. “O eleitor não vai ver muita diferença”, acrescenta.

Leia também: Felipe Bianchi: Como no Brasil, mídia argentina abraça fascismo para barrar progressismo

Vanessa Martina-Silva pontua ainda recentes polêmicas da campanha Milei, como ameaças de romper a relação da Argentina com o Vaticano e declarações, do próprio candidato, de que o transporte por trem do país era melhor quando administrado pelos ingleses:

“Aqui existe um ódio em relação aos ingleses porque eles roubaram parte do território argentino, que são as Malvinas”, detalha Vanessa. Por isso, a fala do candidato pegou muito mal: “Isso fere o sentido patriótico, a identidade do argentino”, assinala.

Na entrevista completa com Vanessa Martina-Silva, você confere mais detalhes sobre a disputa. Confira:

E para saber mais sobre a disputa eleitoral no país, confira nossa editoria especial: Eleições na Argentina.

Sonia Maria e Guilherme Ribeiro | Diálogos do Sul


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Sonia Maria

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