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ToggleO ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, denunciou que um navio da marinha do governo dos Estados Unidos se aproximou a 30 milhas das costas do país.
Durante o ato de comemoração pelo 199º aniversário da Batalha de Carabobo e da criação do Exército Libertador, Padrino qualificou esse ato – ocorrido na véspera – como uma provocação, “uma atitude arrogante de um governo que pretende acabar com a soberania da Venezuela através da violência”.
“Estes atos questionam nosso direito marítimo e a vigilância permanente em nossas águas jurisdicionais”, manifestou o ministro, ao mesmo tempo em que alertou o executivo estadunidense a não se atrever a exercer operações militares em águas venezuelanas”.
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Em tal sentido, Padrino destacou que a Venezuela necessita uma união nacional sem precedentes diante das agressões do governo estadunidense e assegurou que quanto maiores forem os ataques, mais unido estará o povo da nação bolivariana.
Twitter / Reprodução
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino
Bicentenário da Batalha de Carabobo
Padrino exortou também aos venezuelanos e a FANB a aumentar o compromisso com a paz nacional, a propósito do início do ano do bicentenário da Batalha de Carabobo.
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Padrino reconheceu ainda a valentia do presidente constitucional, Nicolás Maduro, ao convocar distintos setores adversos para iniciar um diálogo que leve a garantir a soberania no país.
“Aqui não vai ter golpe de Estado, nem junta de transição, nem governo de facto. Aqui haverá eleições populares, livres, isso é o que corresponde constitucionalmente”, apontou.
Por sua parte, o comandante geral do Exército Bolivariano, Alexis Rodríguez, ratificou a lealdade dos soldados venezuelanos à independência e soberania do país e recordou a estratégia levada a cabo em 24 de junho de 1821.
A esse respeito, expressou que não se pode falar de Carabobo sem ter uma visão ampla dos antecedentes que marcaram o processo independentista; “esta batalha mantém a consciência viva do povo venezuelano”.
Manifestou, por sua vez, que todos os integrantes da FANB estão às ordens do país e organizados para o combate, ao mesmo tempo que ressaltou a decisão do governo e do povo venezuelano de não aceitar a chantagem, a utilização de mercenários, nem bloqueios que atentem contra a segurança nacional.
Rechaço a agressão e cerco dos EUA à Venezuela
O ministro venezuelano de Relações Exteriores, Jorge Arreaza, agradeceu a Rússia pela reação às ações agressivas e ao cerco econômico imposto pelos Estados Unidos ao seu país.
Ao se reunir com o chanceler russo Serguei Lavrov, Arreaza se referiu, em particular, a duas oportunidades neste ano, quando a missão deste país diante do Conselho de Segurança da ONU levou a tema da Venezuela.
Um foi para analisar o emprego insólito e injustificado de navios da Marinha de guerra estadunidense no Caribe para uma suposta luta contra o narcotráfico, recordou o chanceler sul-americano.
A segunda oportunidade foi para condenar uma ação violenta de incursão contra o governo venezuelano com a participação da Colômbia e dos Estados Unidos, indicou o ministro, que assistiu ao desfile na Praça Vermelha em comemoração ao 75º aniversário da vitória sobre o fascismo alemão.
Nos últimos anos de dificuldade e agressão contra a Venezuela, a Rússia mostrou não apenas sua vontade de defender o direito internacional, mas também sua capacidade para estender sua mão sincera para superar o regime de sanções e o bloqueio criminoso imposto à Venezuela, agregou.
Arreaza agradeceu, a ajuda da Rússia e pessoalmente a Lavrov, após sua reunião com grupos políticos opositores, o processo de diálogo no país latino-americano, que deu resultados, constatou.
Contamos com uma nova autoridade eleitoral, legal e legitimamente eleita, e vamos às eleições parlamentares este ano com plena participação dos partidos políticos de diferentes signos na Venezuela, considerou o chefe da diplomacia da nação sul-americana.
Ao comentar as possibilidade de cooperação bilateral, indicou que os recursos naturais de seu país estão também abertos ao investimento justo e legal da Rússia e a todas as capacidades científicas que este estado desenvolveu nos últimos anos.
Em referência ao desfile desta jornada, Arreaza considerou que “há 75 anos (a União Soviética) garantia a paz do mundo e 75 anos depois, a Rússia, seu governo e seu povo voltam a garantir a paz do orbe”.
Prensa Latina, de Caracas e de Moscou, especial para Diálogos do Sul
Tradução: Beatriz Cannabrava /Ana Corbusier
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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