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Argentina: juventude precisa abraçar política para salvar país da beira do abismo

Aí sim, a reprovação, o sarcasmo e a suspeita serão desenterradas sem piedade pelos que odeiam as “coisas estranhas”
Enrique Box
Diálogos do Sul Global
Buenos Aires

Tradução:

Buenos Aires, quinta-feira, 09 de fevereiro de 2023. Fim de tarde com 31 graus centígrados que contrastam com a temperatura política. Que está fria… muito fria, justamente neste ponto em que o gelo consegue quebrar o aço e longe… muito longe do que um ano eleitoral sugere.

As pontes dos caminhos que levavam a Roma foram todas dinamitadas, César morreu e vão decidir nossos destinos, os amictus de seus assassinos.

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Não existe nem sombra de preocupação em mostrar os caminhos pelos quais deverá transitar a pátria sob a nova condução batráquia que seguramente sairá das galeras dos duranbarbianos (de Jaime Durán Barba), “magos” da política e que parirão nos quartos escuros como cultivo de patógenos.

Como nos “think tanks” da Fundação Ford, que propunha “universidades sem universitários”, agora nos propõem “eleições sem política” e partidos com militância claque, como a define lucidamente (uma vez mais) Pablo Bonastre.

E, falando da Fundação Ford, sem esquecer o CARI, a CIA, a CIA “cultural”, outras fundações, o PIORnismo financiado por Franco Macri e agora Soros com suas ONGs da histeria coletiva, com a participação necessária dos meios de comunicação e redes sociais com seus impecáveis algoritmos

Aí sim, a reprovação, o sarcasmo e a suspeita serão desenterradas sem piedade pelos que odeiam as “coisas estranhas”

Redes Sociais | Reprodução
De uma coisa tenho certeza, o caminho para não desbarrancar é este mesmo, mas para o outro lado




Milhões de dólares investidos

Alguém poderia imaginar que todos estes milhares de milhões de dólares investidos em disfarçar e fragmentar todos os estratos sociais, políticos, partidários e culturais… dariam outro resultado?

Ninguém suspeita desta engenharia social que esmerilha a política e que naturaliza que um jovem queira estudar direito, ainda que depois use seu conhecimento para soltar violadores, traficantes de armas, drogas, gente, pestes ou proteger evasores?

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É casual que aceitemos que estudem para contador, ainda que depois usem isso para ensinar a evadir (impostos) e a seus clientes fugir?

Ou os estudantes de psicologia, que terminam descartando pessoas nos “Recursos Humanos” quando descobrem nelas inteligência ética, se não detectaram antes neuroses funcionais para o posto almejado, violando o direito à intimidade, consagrado na Constituição Nacional.

Ou o engenheiro agrônomo que manda envenenar povoados e cidades com agrotóxicos.

Ou qualquer outra profissão das tão respeitadas…

Claro, a não ser que a juventude decida abraçar a política… aí sim, a reprovação, o sarcasmo e a suspeita serão desenterradas sem piedade pelos que odeiam as “coisas estranhas”.


Naturalização

Então naturalizamos seu assassinato desde a conceitualização social, mas também triste e principalmente a partir das estruturas políticas, inclusive as mais profundas, quando os descarta grosseiramente com qualquer paraquedista, deplorando a trajetória e fabricando traidores.

Que setor político se consagrou como campeão indiscutível e imbatível na geração de traidores? Trata-se de amizades, amores, portadores de sobrenomes ou outras misérias desprezíveis.

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Mas não somos os únicos, assim também se destruiu a política na Eur-opa. Ali estão os alemães e os israelitas apoiando os nazistas da Ucrânia, junto com espanhóis, franceses, noruegueses e toda a caterva de submetidos à batuta da City de Londres e suas sucursais, a Reserva Federal e Wall Street.

Como o flautista de Hamelin arrastou os ratos com a força de sua música, o Instituto Távistock e satélites nos foram levando alegres e submissos a este perigoso destino de fragmentação social, política, cultural e partidária, por seu propósito principal: a fragmentação territorial, para assegurar-se para eles nossas riquezas naturais e potenciais.

De uma coisa tenho certeza, o caminho para não desbarrancar é este mesmo, mas para o outro lado. Porque há outro mundo, neste mesmo globo terráqueo e não há como pará-lo.

Enrique Box, Ovejo Negro | Colaborador da Diálogos do Sul.
Tradução: Ana Corbisier


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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