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O bloqueio econômico, financeiro e comercial imposto por Estados Unidos a Cuba causou, em quase seis décadas, danos superiores a 753 bilhões e 668 milhões de dólares, afirmou o ministro das Relações Exteriores cubano Bruno Rodríguez.
Durante apresentação à imprensa em La Habana de um informe dirigido à Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a necessidade de colocar fim a essa medida unilateral, o chefe da diplomacia cubana precisou que o total dos prejuízos foi calculado através de metodologias certificas por instituições estadunidenses e considerando o valor do ouro.
A preços correntes, a cifre não é inferior aos 125 bilhões e 873 milhões de dólares, uma soma nada desprezível, agregou. De acordo com Rodriguez, não existe uma família cubana isenta de danos ocasionados pelo bloqueio, o que constitui o principal obstáculo para o desenvolvimento do país e a fluidez de suas relações econômicas internacionais.
Destacou que Cuba não trata de esconder seus erros internos, mas insistiu em que o impacto do cerco não deve ser obviado sob nenhum conceito. Acrescentou que depois de quase dois anos do anúncio do presidente Obama de avançar em direção à normalização das relações, essa política hostil permanece como uma limitante.
Rodriguez recordou que em várias oportunidades Obama reconheceu a ineficácia dessa medida para alcançar os objetivos estadunidenses, mas nunca disse que se trata de uma disposição legal, que viola os direitos humanos, imoral e cruel, além de condenada pela maioria dos países.
Não obstante, disse que o informe –que será apresentado à ONU em 26 de outubro- incluirá os passos dados até agora pela administração estadunidense para a aproximação e normalização das relações. Não obstante, deixou claro que ainda que positivos e bem recebidos, são insuficientes, pois a autoridade para levantar o bloqueio cabe ao Congresso do país.
A esse respeito, citou como exemplo o recente restabelecimento de voos regulares diretos entre as duas nações, mas ressalvou que, devido a vigência do bloqueio, os estadunidenses não podem viajar a Cuba como turistas.
Em 26 de outubro a Assembleia Geral da ONU discutirá por 25a vez o projeto, duja nova edição foi apresentada à imprensa nesta ocasião. Na votação do ano passado concluiu com 191 países a favor de Cuba e somente dois contra: Estados Unidos e Israel.
Persistem danos ao setor açucareiro
Perdas por 3 bilhões 305 milhões e 600 mil dólares teve o grupo açucareiro Azcuba por causa do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba. Para determinar o monto dos prejuízos, foi analisado o impacto em todas as atividades da empresa, desde o preparo agrícola para a cana, a produção do açúcar, mecanização e a comercialização além da elaboração de projetos e o trabalho dos institutos de pesquisa.
De acordo com um informa apresentado à imprensa pelo porta-voz de Azcuba, Liobel Pérez, os prejuízos se referem aos ingressos que deixaram de ser recebidos pela exportação de bens e serviços. Também as de tipo monetário e financeiro, estas últimas no valor de 2 milhões 555 mil e 600 dólares.
No caso do primeiro, no valor de 750 mil dólares, tem como causa a impossibilidade da empresa vender rum aos EUA, produto que tem forte demanda naquele país.
Pablo Fidel Gonzáles, diretor de Marcadotecnia de Azuimport, também de Azcuba, infoumou que os maiores prejuízos se concentram na proibição de ter acesso a compra de produtos para a agroindústria.
Devido a impossibilidade de importar de EUA os insumos ecessários paa o funcionamento das centrais açucareiras, considerou que as safras são afetadas pela demora em receber esses produtos comprados mais caro e mais longe. Isso provoca prejuízos milionários.
*Prensa Latina, de La Habana especial para Diálogos do Sul