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O governo boliviano iniciou em Montevidéu uma série de reuniões para negociar a adesão plena do país ao Mercado Comum do Sul – Mercosul – segundo comunicado do Ministério de Relações Exteriores.
De acordo com o documento, o encontro permitirá traçar linhas, conformar grupos de trabalho e realizar reuniões com empresários para configurar a posição da Bolívia com relação ao mecanismo regional.
A roda de negociações forma parte dos acordos de integração ao Mercosul pactuados pelo presidente Evo Morales durante a cúpula realizada em Brasília no final do ano passado.
Nessa ocasião foi firmado protocolo de adesão para converter Bolívia no sexto membro pleno do organismo regional que já conta com Argentina, Brasil, Uruguai, Venezuela e Paraguai, este último suspenso após o golpe de estado que destituiu o presidente eleito Fernando Lugo.
Após firmar este protocolo Bolívia passou a ter direito a participar das reuniões com voz mas sem voto, o que terá após completar o processo de adesão plena nos próximos quatro anos. Segundo as normas do pacto regional a inclusão de novo membro terá de ser aprovada por maioria pelo congresso de cada país membro.
O vice-ministro de Comércio Exterior da Bolívia, Pablo Guzmán, considerou que uma vez terminado o processo o país contará com uma dupla figura de integração no Cone Sul, já que pertence simultaneamente ao Mercosul e a Comunidade Andina de Nações.
“Isto inaugura uma nova forma de relacionamento tendente à convergência da Comunidade e do Mercosul com todo os países da União de Nações Sul-americanas contemplados nesta união comercial”, assegurou.
Bolívia é membro pleno do CAN desde sua fundação em 1969 e se filiou como estado associado ao Mercosul em 1997. Este último mecanismo de integração, criado em 1991, tem como objetivo a livre circulação de bens, pessoas e serviços, o estabelecimento de tarifas externas comuns e a adoção de uma política comercial conjunta, entre outros.