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Bolívia, objetivo é educar para a liberdade e para o desenvolvimento sustentável

Este ano de 2019 foi proclamado pela Unesco como o Ano Internacional das Línguas Indígenas para sensibilizar a sociedade
Rosmerys Bernal Piña
Prensa Latina
La Paz

Tradução:

A educação é sinônimo de liberdade e o conhecimento traz fortaleza para os povos. Com essa premissa, o presidente da Bolívia, Evo Morales, inaugura a cada dia centros de ensino em todo o país para a preparação das novas gerações. 

Quase cinco mil escolas foram inauguradas em todo o território nacional mediante o programa Bolívia Muda, Evo Cumpre, para gerar condições dignas para estudar. 

Desde sua chegada à presidência em 2006, o líder boliviano decidiu apoiar o tema educativo como a primeira prioridade do Estado, o que hoje constitui uma das maiores conquistas de sua gestão. 

Em entrevista a Prensa Latina, o ministro da Educação, Roberto Aguilar, recordou que, em 2005, o orçamento destinado ao setor era de três bilhões e 500 milhões de bolivianos (uns 500 mil dólares), enquanto na atualidade a cifra ascendeu a 23 bilhões dessa moeda (quase três bilhões e 300 milhões de dólares).

Isto tem possibilitado infraestrutura, equipamento, material de estudo, a contratação de docentes e sua superação profissional, entre outras condições que permitem gerar um espaço digno para o ensino, com uma tendência à qualidade na formação dos estudantes. 

De acordo com um informe da gestão governamental dos últimos 12 anos, em 2017 o gasto executado em educação alcançou nove por cento do Produto Interno Bruto (PIB), o segundo mais alto da América Latina e do Caribe, depois de Cuba (12,8 por cento).

Entre as iniciativas estabelecidas pelo Governo boliviano encontra-se o bônus Juancito Pinto, política pública de transferência financeira (uns 28 dólares) aos estudantes para incrementar o número de matrículas e reduzir a deserção nas escolas. 

Outro dos objetivos do programa é diminuir a transmissão intergeracional da pobreza, e para isso o Bônus tem o objetivo imediato de aliviar os custos indiretos da educação, como o transporte e os materiais escolares. 

Entre os avanços históricos nesse sector, Aguilar recordou a declaração da Bolívia como Território Livre de Analfabetismo pela Organização das Nações Unidos para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), no dia 20 de dezembro de 2008. 

“Primeira vitória educativa” no país, pontuou o ministro, enquanto destacou a colaboração incondicional de Cuba e da Venezuela para que todos os bolivianos aprendessem a ler e escrever. 

Aguilar ressaltou as figuras do líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, e do comandante da Revolução Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez, que apoiaram o presidente Evo Morales para que esta nação do altiplano estivesse entre os países livres de analfabetismo. 

Antes de 2006, o índice de analfabetos alcançava 10 por cento da população, cifra que se reduziu a 2,4, depois da aplicação dos programas de alfabetização e pós-alfabetização. De 2009 a 2017, ambos projetos beneficiaram 126.709 pessoas, segundo dados oficiais. 

Por outro lado, nos últimos 12 anos foram outorgadas 6.937 bolsas em universidades privadas a estudantes de escassos recursos e povos indígenas originários camponeses, y desde 2014 foram outorgadas 117 bolsas para a formação nas melhores universidades do mundo, ressaltou o ministro da Educação.

Plurinacional estabelece igualdade de direitos e respeito às tradições, costumes e autonomia. 

Este ano de 2019 foi proclamado pela Unesco como o Ano Internacional das Línguas Indígenas para sensibilizar a sociedade sobre os riscos de perder esse patrimônio, e insistir em sua importância para a cultura, as tradições e a identidade, e como reflexo da vivência dos povos. 

Nessa tarefa se encontra também o Ministério da Educação, em sua missão de contribuir para a construção de uma sociedade justa, em equilíbrio e relação harmônica com a natureza, através do fortalecimento da gestão educativa, para garantir a liberdade e o desenvolvimento do Estado Plurinacional da Bolívia.

*Correspondente de Prensa Latina na Bolívia.

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Rosmerys Bernal Piña

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