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Bolsonaro corta R$ 407 milhões do programa de HIV/Aids para bancar Orçamento Secreto

Segundo o IEPS, se cortes na Saúde não forem revertidos, "poderão gerar agravos a ações fundamentais do Sistema Único de Saúde"
Marcelo Hailer
Revista Fórum
São Paulo (SP)

Tradução:

Para manter o orçamento secreto e, dessa maneira bancar apoios políticos, o governo Bolsonaro (PL), na proposta orçamentária para 2023, prevê um corte de verba bilionário em 12 programas do Ministério da Saúde.

Um dos mais atingidos é o programa de prevenção e tratamento do HIV/Aids, uma referência mundial, que perde R$ 407 milhões.

No total, quando se soma a perda de recursos dos 12 programas da Saúde, o valor cortado chega a R$ 3,3 bilhões, revela o Boletim de Monitoramento do Orçamento da Saúde, preparado pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e da associação filantrópica Umane.

O boletim afirma que se cortes na Saúde não forem revertidos, “poderão gerar agravos a ações fundamentais do Sistema Único de Saúde”.

Segundo o IEPS, se cortes na Saúde não forem revertidos, "poderão gerar agravos a ações fundamentais do Sistema Único de Saúde"

Ministério da Saúde – Flickr
A pasta oferece atendimento para prevenção, controle e tratamento de HIV/AIDS, entre outras infecções sexualmente transmissíveis




Abaixo confira a lista dos 12 programa do Ministério da Saúde que sofreram cortes orçamentários:

Implementação de Políticas de Promoção à Saúde e Atenção a Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) – R$ 3,8 milhões

Programa Médicos pelo Brasil – R$ 366 milhões

Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Saúde – R$ 297 milhões

Alimentação e Nutrição para a Saúde – R$ 43 milhões

Educação e Formação em Saúde – R$ 76 milhões

Pró-Residência Médica e em Área Multiprofissional – R$ 922 milhões

Sistemas de Tecnologia de Informação e Comunicação para a Saúde (e-Saúde) – R$ 206 milhões

Implantação e Funcionamento da Saúde Digital e Telessaúde no SUS – R$ 26 milhões

Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde Indígena e Estruturação de Unidades de Saúde e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) para Atendimento à População Indígena – R$ 910 milhões

Atenção à Saúde de Populações Ribeirinhas e de Áreas Remotas da Região Amazônica – R$ 10 milhões

Atendimento à População para Prevenção, Controle e Tratamento de HIV/AIDS, outras Infecções Sexualmente Transmissíveis e Hepatites Virais Total – R$ 407 milhões

Implementação de Políticas para a Rede Cegonha e Implementação de Políticas para Rede de Atenção Materno Infantil – R$ 28 milhões

Marcelo Hailer | Revista Fórum
Com informações do Estado de S. Paulo


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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