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Brasil é guiado por presidente com comportamentos psicopáticos, avalia terapeuta

Em entrevista para a TV Diálogos do Sul, Vera Lucia Vaccari ressalta que a população brasileira precisa de um “período de luto” para superar o desmonte do governo federal

Mariane Barbosa
Diálogos do Sul Global
São Paulo (SP)

Tradução:

Para identificar os males que afetam a psique da nação brasileira sob o governo Bolsonaro, a TV Diálogos do Sul recebeu a psicoterapeuta e terapeuta sexual Vera Lucia Vaccari, que expressou como o momento em que estamos vivendo desperta angústia, ansiedade e medo em quem luta pela garantia dos direitos humanos no país e acompanha os escândalos de corrupção.

Assista na Tv Diálogos do Sul

Questionada sobre os possíveis traços psicóticos do presidente brasileiro, a terapeuta salienta que a forma correta de avaliar a condição mental do político seria através das sessões de terapia para chegar a um diagnóstico, porém, na sua visão profissional, pontua que Bolsonaro possui “comportamentos bem psicopáticos e bem sociopáticos”. “Ele é uma pessoa que é voltada para ele e para a família dele e, na verdade, você não sabe nem o que ele quer”, explica.

Em entrevista para a TV Diálogos do Sul, Vera Lucia Vaccari ressalta que a população brasileira precisa de um “período de luto” para superar o desmonte do governo federal

Palácio do Planalto
Vera Vaccari pontua que Bolsonaro possui “comportamentos bem psicopáticos e bem sociopáticos”.

No bate-papo, Vaccari faz um balanço da gestão federal durante a pandemia de coronavírus e ressalta que é essencial que a sociedade passe por um “período de luto” para iniciar um processo essencial de cura após a perda de mais de 600 mil vidas e de inúmeros direitos sendo destruídos, principalmente nas questões científica e ambiental, que atingem diretamente a qualidade de vida mental dos brasileiros.

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“Precisamos viver esse luto, arregaçar as mangas e trabalhar, porque enquanto não nos unirmos e tomarmos consciência de tudo isso que estamos passando e agir, isso irá continuar”, pontua ao citar como exemplo o impacto do garimpo na população indígena, que não sensibiliza a população como deveria, apesar das inúmeras denúncias de mortes noticiadas todos os dias.

“O garimpo tem uma visão predatória, não tem jeito”, diz Vaccari ao assinalar que o processo deveria ser feito de forma “consistente, elaborada e científica para não destruir tudo”. 

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Porém, a população não tem a consciência que necessita para perceber que através da exploração, acelerada no governo Bolsonaro, o desmatamento “chegou a níveis assustadores” que podem até desencadear outra pandemia. Por isso, é crucial passarmos pelo processo de luto e cuidarmos do planeta, para que todos vivam bem e de forma sustentável.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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