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“Nós estamos num projeto de globalização que no mundo hoje é suportado pelo domínio absoluto do capital financeiro, fundamentado num tripé, que é o tripé que eu vejo funcionar no Brasil hoje, e daí minha preocupação com a soberania nacional. O primeiro apoio deste tripé é a precarização do Poder Executivo que passa a subordinar a um Banco Central independente ligado as necessidades do capital financeiro. O segundo apoio é a precarização do Parlamento com o financiamento privado de campanhas, os caixas dois, três e quatro. E o último ponto de apoio da destruição do Estado Social e da soberania dos países, é a precarização do trabalho, com o fim das leis sociais, o fim de todas as garantias. E eu vejo isso acontecendo hoje no país…E o meu susto maior é quando nosso presidente antes de viajar para Rússia diz “Não. A minha missão agora é a internacionalização da nossa economia. Isso num momento que nossas grandes empresas nacionais estão sendo destruídas. Estamos implantando um modelo que não leva em conta mais a visão nacional e soberana”. – afirmou Roberto Requião.
Da redação.
Um dia após o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, em atendimento à solicitação do senador Roberto Requião -eleito para presidir a referida Frente- o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, participou de audiência pública, na comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
Na audiência Requião questionou o militar sobre as repetidas agressões à soberania brasileira, especialmente sob o atual governo, que vão da venda do território nacional a estrangeiros até o sucateamento do sistema de defesa. O senador também mostrou preocupação sobre a perda da competitividade da indústria brasileira e os seus efeitos sobre a soberania nacional. Para Requião “a origem da vulnerabilidade do Brasil está na submissão do país ao Consenso de Washington e na vassalagem à globalização financeira.”
Villas Bôas afirmou também estar preocupado com a venda de terras para estrangeiros. “A venda de terras para o estrangeiro me preocupa sim, especialmente, na faixa de fronteira”. O general afirmou que outra questão preocupante é a “liberação indiscriminada para a exploração de minérios na região amazônica”. Quanto ao sucateamento do sistema de defesa informou que “Nós temos orçamento até agosto, setembro”, disse ele.
Finalizando, o Comandante do Exército afirmou que “a Amazônia, assim como o País, carece de um projeto, de uma política” que, segundo ele, combine desenvolvimentismo e preservacionismo. Segundo estimativas do Exército, os recursos naturais da Amazônica são avaliados em US$ 23 trilhões, em minérios e biodiversidade. “O que vai salvar a Amazônia é o desenvolvimento”, sintetizou ele.
Veja a intervenção do senador Roberto Requião e a resposta do general ao questionamento.
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