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Em apoio aos "tarados pela vacina", Exército ordena vacinação e proíbe fake news sobre Covid-19

A prestação de informação falsa sujeitará o militar ou o servidor às sanções penais e administrativas previstas em lei
João Baptista Pimentel Neto
Diálogos do Sul
Rio Claro (SP)

Tradução:

O comando do Exército divulgou, nesta quinta-feira (06), as diretrizes para o combate à Covid-19 na corporação. Entre as orientações que os militares devem seguir, merecem destaque a vacinação (obrigatória) para o retorno ao trabalho presencial, o distanciamento, o uso de máscaras e a proibição de espalhar fake news sobre a pandemia, normas que colocam em xeque a política sanitária defendida e adotada pelo presidente Jair Bolsonaro

A publicação ocorre no mesmo dia em que o presidente voltou a minimizar o número de mortos pela Covid-19, criticando a vacinação de crianças, atacando a ANVISA, e utilizando-se de seu habitual linguajar chulo, cujos funcionários foram chamados de “tarados por vacinas”.

O documento é assinado pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e evidencia que seu objetivo é o retorno pleno de todas as atividades administrativas e operacionais da corporação.

Ele destaca que tal objetivo só será possível com a vacinação das tropas contra a Covid-19 e, desde que sejam respeitadas as normas sanitárias não só das recomendações do Ministério da Saúde, mas respeitando também as regras determinadas por estados e municípios, conforme decisão do STF.

A prestação de informação falsa sujeitará o militar ou o servidor às sanções penais e administrativas previstas em lei

EBC – Exército Brasileiro
São 52 as diretrizes publicadas que determinam ações de proteção individual e a apresentação de comprovante de vacinação para volta ao traba

52 diretrizes

São 52 as diretrizes publicadas que determinam ações de proteção individual e a apresentação de comprovante de vacinação para volta ao trabalho presencial, medidas que se opõem a vários pontos defendidos pelo presidente, como a não obrigatoriedade da vacina.

Pode haver o retorno às atividades presenciais, desde que respeitado o período de 15 dias após imunização contra a Covid-19 e os casos omissos sobre cobertura vacinal no retorno as atividades presenciais deverão ser submetidos à apreciação do DGP (Departamento Geral do Pessoal), para adoção de procedimentos específicos, não divulgados.

O pulso ainda pulsa: existe uma ala nacionalista no exército do Brasil. Onde estão? O que pensam?

Exército proíbe militares de divulgar fake news sobre pandemia

Em outra das determinações que merecem atenção, o Exército proíbe militares de divulgarem fake news sobre a pandemia, incluindo uma orientação para que os militares recomendem o mesmo comportamento aos seus familiares. A prestação de informação falsa sujeitará o militar ou o servidor às sanções penais e administrativas previstas em lei. 

As diretrizes abrangem também as ações de campo, como as de forças-tarefas humanitárias e nas faixas de fronteira: estabelece a adoção de medidas de prevenção à contaminação, como o distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização das mãos.

O Exército determina ainda que: os militares e os servidores civis que retornarem de viagem internacional, a serviço ou privada, ainda que não apresentem sintomas relacionados à Covid-19 deverão realizar o teste molecular (RT-PCR) até 72 horas antes do embarque.

Diz ainda que será avaliada a manutenção das missões internacionais ainda não iniciadas e, também, a realização de seminários, palestras, solenidades, confraternizações que impliquem na aglomeração de pessoas.

João Baptista Pimentel Neto é jornalista, integra a equipe da Diálogos do Sul.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.
João Baptista Pimentel Neto Jornalista e editor da Diálogos Do Sul.

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