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ToggleFernando Camacho foi peça-chave no golpe de 2019 contra o presidente Evo Morales. Na época, ele era o presidente do Comitê Cívico Pró-Santa Cruz, mas não tinha influência nacional.
De acordo com pesquisas recentes, Camacho é o terceiro colocado na corrida eleitoral. Levantamento do Centro de Estudos Latino-Americanos de Geopolítica (Celag), o candidato tem 12,5% das intenções de voto. Carlos Mesa tem 27,9% e Luis Arce, 36,4%.
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Empresário e advogado, foi líder Organização Cívica Juvenil crucenista, considerada de extrema-direita. Conservador, Camacho usa um discurso com forte teor religioso, que muitas vezes esbarra em racismo e ódio de classe.
Alguns analistas comparam o líder crucenho com o brasileiro Jair Bolsonaro. Após o golpe, Camacho entrou no Palácio de Quemado com uma cruz e afirmou que a Pachamama nunca mais voltaria à sede do governo. Ele também é acusado de elaborar listas com nomes e dados de pessoas ligadas ao partido de Evo. As pessoas listadas seriam foco de ataques, observação e vigilância. No período, o país foi tomado por uma série de agressões a líderes do Movimento ao Socialismo (MAS).
Eleições
A Bolívia realiza, neste domingo (18), eleições para eleger presidente e vice-presidente, senadores e deputados.
De acordo com a lei eleitoral boliviana, para vencer em um primeiro turno, é preciso ter 50% mais 1 dos votos ou ter 40% mais um e abrir dez pontos percentuais em relação ao segundo colocado.
* Primeiro vídeo de uma série de 4 partes sobre as eleições na Bolívia