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Centenário Wilson Batista

João Baptista Pimentel Neto

Tradução:

Wilson Batista. Ilustração Elifas Andreatto
Wilson Batista. Ilustração Elifas Andreatto

Especial em homenagem ao centenário do sambista Wilson Batista, autor de mais de 700 músicas, que vivia o presente, como se o mundo fosse acabar no minuto seguinte.

Luís Pimentel e Luís Fernando Vieira transcreveram no livro Wilson Batista – Na Corda Bamba do Samba, uma entrevista relâmpago com Mário Lago: “Mário, você poderia falar alguma coisa sobre Wilson Batista? Não. Nunca me dei com marginais”.
No tempo em que samba e malandragem eram considerados irmãos de sangue, ele foi provocativo e defensor das rodas de baralho, ginga e navalha. Muitos consideram que a polêmica que fez com Noel Rosa foi prejudicial à sua carreira. Passou a ser mais lembrado do fato, do que pelo conjunto de sambas geniais que criou.
Wilson Batista pertence à ala formada pelos “marginais da música”. São em sua maioria sambistas que perambulavam com amizades suspeitas pela Lapa, pelas casas de baixo meretrício e pelos pontos do jogo do bicho. Wilson conhecia a malandragem como ninguém. Tinha amigos da pesada e agia como um malandro autêntico: alinhado e com navalha no bolso.

Polêmica com Noel Rosa marcou a carreira de Wilson. Polêmica com Noel Rosa marcou a carreira de Wilson.

O seu valor não está na sua moral, nem no seu comportamento. Confessadamente, não gostava do trabalho. Queria viver na tranquilidade, sem dar duro. E como viver sem pegar pesado, sem deixar o suor manchar a camisa? Wilson Batista acreditou que o melhor caminho era o samba.
Wilson Batista nasceu no dia 03 de julho de 1913 em Campos, interior fluminense, vindo a falecer no Rio de Janeiro pouco depois de completar 55 anos, em 07 de julho de 1968.
Em homenagem ao centenário do sambista a Rádio Cultura Brasil publica na internet uma playlist com seu impagáveis sambas e um programa da série Biografia produzido em 2000. Esse especial é uma homenagem a esse compositor fértil, autor de mais de 700 músicas. Um brasileiro que não pensava no futuro. Vivia o presente, como se o mundo fosse acabar no minuto seguinte. Um brasileiro que vivia para si, sem arrependimentos: “Eu sou assim, quem quiser gostar de mim, eu sou assim…”.
No repertório desse especial estão as músicas “Mundo de Zinco”, “Chico Brito”, “Acertei no Milhar”, “Sistema Nervoso” e “Louco”.
 

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

João Baptista Pimentel Neto Jornalista e editor da Diálogos Do Sul.

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