O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, está na Embaixada da França em Caracas, afirma o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza. Contudo, em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores da França nega esta informação.
A afirmação ocorre três dias depois do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sugerir que o oposicionista estaria “escondido” em uma sede diplomática, revela o jornal El Nacional.
“Não podemos entrar na residência da embaixada de um país, neste caso da Espanha ou da França, e que a Justiça os leve pela força. Não se pode, não se pode”, respondeu Arreaza em uma entrevista por rádio a uma jornalista que o perguntou sobre a suposta presença de Guaidó na embaixada francesa, assim como do opositor Leopoldo López, que se encontra hospedado na residência do embaixador espanhol em Caracas há mais de um ano.
![Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores da França nega que esteja abrigando o autoproclamado presidente da Venezuela](https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/wp-content/uploads/2023/10/0e0a5ec5-6319-47ba-b5da-b749dc97af43.png)
Reprodução: Winkiemedia
O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó
“Esperamos que estes governos retifiquem […] e entreguem os fugitivos da Justiça para a Justiça venezuelana”, agregou Arreaza.
Arreaza afirmou que se trata de uma “situação profundamente irregular”. “É uma vergonha para a diplomacia da Espanha, é uma vergonha para a diplomacia da França, o que ocorreu e isto logo terá efeitos”, continuou o chanceler.
No entanto, o Ministério das Relações Exteriores da França negou oficialmente que o oposicionista se encontre no território de sua embaixada em Caracas.
França e Espanha, assim como mais de 50 outros Estados, reconhecem Guaidó como presidente interino do governo venezuelano. China, Rússia e outras nações apoiam Nicolás Maduro.
Na segunda-feira (1º), Maduro sugeriu que o líder oposicionista estava “escondido em uma embaixada”, o que foi negado prontamente por Guaidó.
Anteriormente, Maduro e funcionários de seu governo qualificaram Guaidó inúmeras vezes como “fugitivo da Justiça”.