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China determina maior controle de quatro meios de comunicação dos Estados Unidos

Pequim também aplicará aos repórteres estadunidenses contra medidas similares às restrições discriminatórias adotadas contra jornalistas chineses nos EUA
Redação Prensa Latina
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Pequim

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China anunciou hoje controles com caráter imediato a quatro organizações de imprensa dos Estados Unidos, em correspondência a ações adotadas recentemente conta os escritórios de seus meios em Washington e qualificadas de opressão política. 

Zhao Lijian, porta-voz do Ministérios de Relações Exteriores, disse em entrevista coletiva que em sete dias as correspondências de Associated Press, United Press International, CBS e NPR devem detalhar por escrito a informação sobre seu pessoal, finanças, operações de propriedades na China. 

As ações – disse – são contramedidas completamente necessárias à opressão irrazoável dos Estados Unidos contra meios da China.

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O porta-voz da Chancelaria urgiu Washington a retificar seus atos errôneos e parar de assediar a imprensa nacional chinesa.  

Dessa maneira, Pequim cumpre sua advertência sobre dar uma resposta contundente se Washington insistisse em obstaculizar as operações de seus meios de comunicação em solo estadunidense, um acréscimo às tensões entre ambas potências.

Pequim também aplicará aos repórteres estadunidenses contra medidas similares às restrições discriminatórias adotadas contra jornalistas chineses nos EUA

Foto: Nikkei Asian
As ações são contramedidas completamente necessárias à opressão irrazoável dos Estados Unidos contra meios da China

Histórico

No mês passado, a Casa Branca anunciou a decisão de tratar como embaixadas as correspondências do canal CCTV, da plataforma China News Service e dos periódicos Diario del Pueblo e Global Times.

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As fricções entre ambas as potências pelo tema da imprensa se exacerbaram em fevereiro passado quando Washington limitou a 100 a quantidade de funcionários dos escritórios da agência Xinhua, da televisora CGTN, da estação China Radio International e dos periódicos China Daily e Diario del Pueblo instalados em solo estadunidense. 

Além disso, também classificou essas entidades como missões estrangeiras e assim as obriga a seguir as mesmas regras que as embaixadas e os consulados sob o argumento de estarem controladas pelo governo da China. 

Em reciprocidade, o estado asiático em março informou que as correspondências de Voice of America, New York Times, WSJ, Washington Post e Time devem detalhar por escrito os dados sobre seu pessoal, finanças, operações e propriedades. 

Exigiu aos jornalistas dos citados meios cujas credenciais vencerão este ano que se apresentam ao Departamento de Informação do Ministério de Relações Exteriores e entreguem as cédulas, pois não lhes será permitido trabalhar mais nem na China Continental, nem em Hong Kong e Macau. 

Também adiantou que aplicará aos repórteres estadunidenses contramedidas similares às restrições discriminatórias de visto que enfrentem as contrapartes chinesas nos Estados Unidos.

Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.

Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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