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ToggleO ex-candidato à presidência da República e vice-presidente do Partido Democrático Trabalhista, Ciro Gomes, acredita que o Brasil tem os meios para combater a pandemia, mas para isso precisa que Bolsonaro renuncie à chefia do Executivo.
“O Brasil tem capital econômico e humano suficiente para sair desta crise minimizando seus impactos […] sem a necessidade de um calote”, afirmou Ciro Gomes à Sputnik.
No entanto, o governo federal não estaria mobilizando os instrumentos necessários para que o Brasil supere a COVID-19.
“Infelizmente, o presidente Bolsonaro é irresponsável, age propagando fake news e atenta contra a saúde pública brasileira. Sua atitude é genocida e vamos lutar para que ele seja responsabilizado e condenado por seus atos criminosos”, assegurou.
O vice-presidente do PDT acredita que Bolsonaro pode ser alvo de impeachment, dados os crimes de responsabilidade que teria cometido durante seu mandato.
!["Vamos lutar incansavelmente não só por seu afastamento da presidência, mas também para que seja responsabilizado e condenado por seus atos criminosos"](https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/wp-content/uploads/2023/10/064c0615-948f-437c-b368-da3e868601ac.png)
Time Ciro Gomes
"A melhor saída para esta crise seria, sem dúvida, a renúncia, uma vez que o processo de impeachment é demorado e muito desgastante"
Crimes de responsabilidade, impeachment ou renúncia
“Bolsonaro já cometeu crimes de responsabilidade que justificam seu afastamento, como atentar contra a saúde pública, contra a democracia e contra a federação e autonomia dos estados.”
No entanto, dado o desgaste que processos de impeachment geram na sociedade, Gomes defende que o presidente da República renuncie ao cargo.
“A melhor saída para esta crise seria, sem dúvida, a renúncia, uma vez que o processo de impeachment é demorado e muito desgastante para o conjunto da sociedade”, ponderou.
Gomes acredita que o inquérito aberto para investigar as acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, contra Bolsonaro pode provar crimes cometidos tanto pelo presidente, quanto pelo ex-juiz Moro.
O inquérito irá “apurar se Bolsonaro cometeu os crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, obstrução de justiça, corrupção passiva privilegiada, entre outros”.
No entanto, é “importante ressaltar que Moro também poderá ser investigado e responder por crimes como prevaricação”, uma vez que “já tinha conhecimento de crimes que alega que Bolsonaro cometeu e não tomou providências imediatas”, lembrou.
Crise econômica
Para o ex-candidato à presidência da República, “já está claro que o Brasil está vivendo uma das maiores crises econômicas de sua história”.
Para que o país consiga financiar os pacotes de apoio social e ajuda econômica às empresas, Ciro Gomes defende a realização de reforma tributária, que priorize impostos progressivos.
“Uma reforma tributária progressiva é fundamental. Hoje, o Brasil é um dos raríssimos países que não cobram impostos sobre lucros e dividendos das empresas, cobra somente cerca de 4% de imposto sobre grandes heranças, e conta com um sistema ineficiente […] onerando o consumo e não a renda”, explicou.
“Se o Brasil passar a cobrar mais dos mais ricos, o país teria a capacidade de reencontrar o equilíbrio das contas públicas”, garantiu Ciro Gomes.
Na sexta-feira (24), o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, renunciou ao cargo, acusando o presidente da República de agir para interferir politicamente na Polícia Federal.
Na segunda-feira (26), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de inquérito para apurar as acusações do ex-ministro Moro.
O Brasil registra 71.886 casos de COVID-19 e 5.017 vítimas fatais, o 9º maior número de óbitos no mundo, superior ao da China, primeiro epicentro do novo coronavírus.
Redação Sputnik Brasil
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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