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ToggleAposentado e passado para a Reserva do Exército Brasileiro, por má conduta, o capitão Bolsonaro foi eleito Deputado Federal pelo Rio de Janeiro. Depois de passar vários mandatos como Deputado Federal, sem produção de Leis que trouxessem alguma recomendação para sua continuidade, ao contrário, estimulou o uso de gabinetes para nomear pessoas originárias das milícias que se estruturavam no Estado do Rio de Janeiro, com tentáculos por outros Estados.
Tratou de arranjar os espaços para acomodar seus filhos para que dessem continuidade e profundidade às suas ações nos parlamentos configurados como Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro e Assembleia Legislativa do mesmo Estado.
Jair Messias Bolsonaro se candidatou a Presidente da República do Brasil, levou junto um de seus filhos para Senador, outro para a Câmara Federal e ainda mais um, para a Câmara de Vereadores da cidade do Rio de Janeiro, transformando sua família em usuária de direitos dos poderes públicos, eleitos “democraticamente”.
Quando afirmo “democraticamente” estou me referindo aos processos de campanhas adotados, com as presenças explícitas de mentiras pela internet, as chamadas fake news. E mais, com o arranjo de recursos financeiros auferidos nas chamadas “rachadinhas” e “assessores fantasmas” lotados em seus gabinetes. A participação do personagem Queiróz ainda não está inteiramente esclarecida, com atenção especial aos depósitos financeiros efetuados em favor de Michele, esposa de Bolsonaro.
No triste episódio em que a Câmara dos Deputados acatou o pedido de afastamento da então Presidenta Dilma Rousseff, ainda que não houvessem crimes explicitados, Bolsonaro como eleitor por ser Deputado Federal expressou homenagem a Brilhante Ustra, um dos mais sanguinários torturadores da história do Brasil. Esse militar fez “história” ao torturar Dilma em seu período de prisão, durante a ditadura civil, empresarial e militar. Não apenas votou para o impedimento de Dilma, mas fez questão de relembrar a tortura anterior à qual a ex-Presidenta foi submetida. Atitude de crueldade descabida.
Palácio do Planalto
Homofóbico, racista, rancoroso e mentiroso
Com discurso homofóbico e carregado de rancores desenvolveu sua campanha. Dividiu o Brasil entre os que “merecem ser exterminados” e os que ele chamou de “pessoas de bem”. Neste grupo colocou os neofascistas, “vendilhões dos templos” que comandam e radicalizam suas igrejas pentecostais. Também esteve acompanhado por milicianos, nitidamente envolvidos com o assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson.
Apareceu em palanque, em Rio Branco no Estado do Acre, empunhando um pedestal de microfone, apontando como se fosse uma metralhadora afirmando que tiraria os petistas, de onde quer que estivessem. Como se sua presença exterminasse o Partido dos Trabalhadores e demais setores das esquerdas brasileiras. Fazendo pose de estar metralhando com rajada de tiros deu a ideia de que mataria os adversários. Promoveu em Juiz de Fora um espetáculo ainda não completamente esclarecido de uma “facada” que precisará ser melhor explicada.
Exalando toda essa estratégia de rancor, Bolsonaro ofereceu espaço para o aprofundamento do ódio e a divisão da sociedade brasileira.
Moro, Dallagnol, TSE e STF
Mas, se não houvesse a atuação descabida e irresponsável do então Juiz Sérgio Moro e a turma do Deltan Dallagnol em Curitiba a situação não chegaria ao nível de radicalização, eu diria de sectarismo para o qual a população brasileira foi empurrada. E pior, com subserviência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Esses Tribunais, têm essa imensa dívida para com a população brasileira.
Os episódios da condução coercitiva de Lula para prestar depoimento no Aeroporto de Congonhasimpedimento de Lula assumir o Ministério da Casa Civil, foram desastrosos para a atual situação do Brasil. Tudo isso com as “publicidades” estratégicas oferecidas por Sérgio Moro e apoio dos grandes grupos jornalísticos e de mídia, impulsionando a eleição de Bolsonaro.
Prenderam Lula e o impediram de participar das eleições Presidenciais.
Fortaleceram o que chamaram de ódio ao “lulopetismo” com base em mentiras que atualmente estão sendo desvendadas, graças à “farsa jato” e aos descobrimentos do “craker” de Araraquara, o Walter Delgatti. Se não fossem estas histórias e personagens os fatos ficariam escondidos.
Atualmente não há mais como as pessoas ignorarem o estelionato que foi praticado contra o eleitorado brasileiro e toda nossa população. Ofereceram o mandato de maior autoridade do país, a um homem que rejeita a Ciência, que apoia os achismos “negacionistas”, que apesar das imagens mandadas por expedições espaciais, ainda insistem que o Planeta Terra é plano e não um geoide. Recomendou, até mesmo para a ema do Palácio da Alvorada o uso de cloroquina como preventivo do coronavírus, contra todas as evidências de que esse medicamento deve ser usado para outras enfermidades e não para o coronavírus.
Bolsonaro deixou de lado as recomendações para não haver aglomeração, para a prática do distanciamento social, para o uso de máscaras como forma de evitar a irradiação do vírus, da vacinação para erradicar a doença. Um governante que está entregando o patrimônio da União, ou seja, dos brasileiros, para os interesses das empresas estrangeiras, atuando contra a soberania nacional. E tudo isso em conluio com o alto comando das Forças Armadas, com especial atenção ao Exército, segundo escreveu o General Santos Cruz.
Enfim, como é possível que com esse perfil, rejeitado mundialmente, no Brasil tenhamos 30% de eleitores que o aprovam?
É verdade que no segundo turno das eleições presidenciais ele amealhou 57,8 milhões de votos. Mas também é necessário sabermos que o Brasil tem 211.150 milhões de habitantes, o que corresponde a 149,7 milhões de eleitores. Ou seja, ele já teve aprovação maior do que a atual. Apesar de todo sofrimento produzido, essa fase tem utilidade para o autoconhecimento do Brasil. Não poderemos mudar a história vivida, mas poderemos começar um novo período com uma história melhor.
Mas, a ordem é:
Vacina para todas as pessoas, já!
Auxílio emergencial, já!
Salvar vidas, já!
Cláudio Di Mauro é geógrafo e ex prefeito de Rio Claro, Sp. Colaborador da Diálogos do Sul
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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